Um Toyota GR Corolla pegou fogo, com o incêndio iniciando no motor e destruindo completamente o hot hatch japonês, porém, a marca alegou que o excesso de velocidade e os pneus foram os culpados pelo incidente.
Segundo imagens de câmeras de bordo, o GR Corolla estava trafegando a 137 km/h, quando o fogo começou no cofre do motor, com o motorista parando o veículo no acostamento de uma rodovia.
Pelo que podemos observar no vídeo, alguns veículos ainda passaram por ele durante a condução em cruzeiro e só então ele parou o carro no acostamento. O motorista saiu do carro e abriu o capo, constatando o início do incêndio.
Todavia, sem extintor, que não é obrigatório nos EUA, o motorista simplesmente pegou sua mochila e se afastou do GR Corolla, chamando o serviço de emergência 911, que teria chegado em cinco minutos ao local.
A princípio, o fogo parece ter começado de fato no motor e pode ter sido uma falha de fabricação ou da manutenção nos pós-venda, já que o motorista fez um reparo na alimentação de combustível um mês antes, quando também trocou o óleo.
Entretanto, ao entrar em contato com a Toyota, de modo a ser amparado pela garantia de fábrica, o dono desse infeliz GR Corolla teve uma enorme surpresa.
A Toyota se recusou a atendê-lo na cobertura de garantia, uma vez que ele estaria trafegando a 137 km/h com um pneu que só pode rodar até 136 km/h. O mais estranho é que somente pneus de reboque ou estepes possuem limites abaixo dessa marca.
A marca sugere que o excesso de velocidade com pneus limitados seriam a causa da não acionamento da garantia do GR Corolla incendiado. Normalmente, os pneus mais comuns podem rodar entre 180 e 190 km/h.
Mesmo os pneus de inverno podem rodar até 160 km/h, então, como o GR Corolla teria pegado fogo sem a destruição imediata dos pneus? O condutor foi até a frente e não viu os pneus pegando fogo? Eles não teria explodido antes?
A Toyota enviou um comunicado ao proprietário do GR Corolla com suas observações e a decisão. Leiam e tirem suas próprias conclusões:
“ Você relatou que estava dirigindo em uma rodovia quando percebeu que o veículo começou a fazer um barulho estranho (como uma haste batendo). Você então percebeu que a temperatura do óleo estava alta e o veículo emitiu um aviso sonoro. Você encostou, saiu do veículo, abriu o capô e viu fogo na parte traseira do motor. O 911 foi chamado e o corpo de bombeiros chegou aproximadamente 5 minutos depois para apagar as chamas.
Você declarou que aproximadamente 30 dias antes do incidente, você levou o veículo a uma concessionária Toyota para uma troca de óleo e um problema de combustível foi reparado.
Em resposta às suas preocupações, uma inspeção do veículo foi conduzida em 24 de junho de 2024 na Copart por um inspetor de incêndio da EAA (Engineering Analysis Associates). A última leitura relatada do odômetro do veículo foi de 23.413 milhas (37.671 km). De acordo com o relatório CARFAX, em 12 de fevereiro de 2024, danos causados pelo acidente foram relatados na frente, na frente esquerda, na frente direita e na traseira direita.
No momento da inspeção, o veículo tinha danos causados por fogo na parte frontal e no compartimento do motor. O lado interno do bloco do motor tinha um pequeno furo na parte superior devido a danos internos no motor. Resíduos de óleo foram encontrados no turbocompressor, na parte inferior do motor, no chassi e nos tubos de escape.
O manual do proprietário adverte para não dirigir acima do limite de velocidade. Mesmo que o limite de velocidade legal permita, não dirija acima de 85 mph (136 km/h), a menos que seu veículo tenha pneus de alta velocidade. Dirigir acima de 85 mph (136 km/h) pode resultar em falha do pneu, perda de controle e possíveis ferimentos. Certifique-se de consultar um revendedor de pneus para determinar se os pneus do seu veículo são pneus de alta velocidade ou não antes de dirigir nessas velocidades.
Com base em nossas descobertas de inspeção e nos fatos relacionados a este incidente, não podemos fornecer nenhuma assistência neste assunto.
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