A Toyota está enfrentando problemas de abastecimento de hidrogênio na Califórnia, a única região do mundo onde os carros conhecidos como FCEV ou dotados de células de combustível circulam normalmente como qualquer outro tipo.
Todavia, cumprir a meta de ter hidrogênio disponível para todos os clientes no enorme estado americano é difícil e reclamações de todo tipo acontecem. Assim, para tentar resolver o problema, a Toyota partiu para uma nova ideia.
A abordagem da Toyota é a comercialização do hidrogênio líquido por meio de pequenas cápsulas portáteis, que poderiam não só abastecer os carros com células de combustível, mas também geradores portáteis para equipamentos ou residências.
Estas cápsulas seriam inseridas em um slot apropriado nos carros FCEV e permitiriam a recarga destes veículos sem depender da rede de postos de combustíveis, que pode passar por falta de produto.
No entanto, a ideia tem limitações e uma delas é a capacidade dessas cápsulas, que mais parecem itens de um filme de ficção científica. Cada unidade leva somente 4,7 litros do combustível sob 525 bar de pressão.
Também pode levar o hidrogênio como gás a uma temperatura de zero grau negativo, mas somente 161 g. Isso é muito pouco para mover, por exemplo, o Toyota Mirai, que precisa de 5,65 kg de H² líquido para ter os tanques completos.
Seriam então necessárias nada menos que 35 cápsulas de hidrogênio para isso tudo. Obviamente, essa quantidade se tornaria inviável, já que seriam necessárias 35 viagens até a loja de H² mais próxima para encher um tanque em casa.
Para recreação ou uso doméstico, em aparelhos portáteis com células de combustível miniaturizadas, seriam bem interessantes, mas para abastecer um carro enorme como o Mirai, impraticável.
Outra solução, porém, poderá ser usada na Califórnia, mas antes era será implementada num país da América do Sul. Aqui, a ideia é usar o álcool anidro para extrair o hidrogênio por eletrólise numa bomba de combustível especial no posto.
Assim, o carro FCEV seria abastecido com hidrogênio obtido diretamente desse dispositivo, usando o etanol como origem, armazenado nos tanques no subsolo.
Isso evitaria o transporte e manuseio do hidrogênio na logística até o posto, onde nem mesmo haverá tanques desse combustível, uma vez que ele será obtido na própria bomba quando estiver em abastecimento.
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