Toyota: sindicato avisa que produção de motores em Porto Feliz só deve retornar no começo do próximo ano

O vendaval que atingiu a fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz, na região de Itu, não apenas destelhou a instalação, mas provocou a destruição de parte do complexo e possivelmente de seu ferramental.

Segundo o site Auto Data, os trabalhadores da unidade foram informados pela montadora que a produção fica suspensa na instalação até pelo menos o início de 2026.

A informação partiu de Manoel Neres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região, que comunicou a tratativa com a Toyota, sugerindo que a produção deve retomar em janeiro ou fevereiro do próximo ano.

Isso significa que a planta de Porto Feliz pode ficar até cinco meses sem produzir nenhum motor, atingindo as linhas de montagem em Indaiatuba e Sorocaba, lembrando que a primeira planta, que faz o Corolla, estava programada para encerrar a linha no final deste ano.

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Com a destruição parcial da planta de Porto Feliz, pode ser que a Toyota acelere o desligamento de Indaiatuba, cujas instalações estariam totalmente desativadas em meados de 2026, conforme cronograma original. Isso já com meses de transferência da linha do Corolla para Sorocaba.

Segundo Neres, os empregos em Porto Feliz estão garantidos após reunião com a montadora japonesa, que agora terá de acelerar o rescaldo da planta e iniciar um processo de reforma da unidade, essencial para manter sua produção de veículos no país.

Porto Feliz tem hoje capacidade instalada para 108 mil motores, o mesmo volume de carros a serem feitos pela unidade 1 da Toyota em Sorocaba, considerando ainda que parte dos motores continua sendo importada.

Como pretende abrir a unidade 2, a Toyota terá de importar estes motores e mais os que não serão feitos ou terão problemas consideráveis, como uma queda vertiginosa nas vendas sem a operação de Sorocaba.

Pelo acordo sindical, até 30 de setembro, os funcionários ficarão em casa com desconto no banco de horas, mas a partir de 1 de outubro entrarão em férias coletivas de vinte dias, quando iniciarão layoff de 60 a 150 dias, a depender da reconstrução da fábrica.