Trabalhadores alemães da Volkswagen convocam greve para o dia 1 de dezembro; negociações sobre fechamento de fábricas complicam

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O sindicato IG Metall, que representa os trabalhadores alemães da Volkswagen, mais notadamente da Baixa Saxônia, convocou uma greve para o dia 1 de dezembro de 2024.

A entidade negocia com a montadora questão salarial e também o fechamento de fábricas. O que se sabe é que os trabalhadores concordaram com cortes, mas não com o fechamento de instalações industriais.

Deve-se lembrar que a fábrica da Audi em Bruxelas terá esse destino e que duas plantas da VW na Alemanha também serão fechadas, sendo uma delas de motor.

Segundo o IG Metall, as negociações com a direção da Volkswagen serão retomadas no dia 9 de dezembro, significando uma greve de nove dias nas fábricas alemãs.

A nota da Reuters sobre o assunto é breve, mas sabemos que a história é bem mais longa. Um fato interessante nessa batalha trabalhista é que se trata de um grande conflito administrativo dentro da empresa.

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Os trabalhadores da Baixa Saxônia possuem os maiores salários do pessoal de chão de fábrica do grupo, já que eles possuem 20% das ações com direito a voto (e veto) dentro do conselho da Volkswagen.

Essa remuneração maior vem dos lucros obtidos pela VW em fábricas distantes, em países onde os custos são menores, sendo parte do dividendo distribuído entre os trabalhadores da Nieder Saxen, parte indivisível (por lei) da empresa.

Assim, literalmente, outros funcionários da VW em fábricas fora do estado alemão trabalham de certa forma para manter seus colegas da sede e de fábricas na região.

Isso sem contar que qualquer decisão sobre produção da Volkswagen passa pela aprovação ou não desses trabalhadores da Baixa Saxônia.

Por isso, a empresa não pode simplesmente fechar duas ou mais plantas, como fez a Ford no Brasil e na Índia, por exemplo, porque duas das cadeiras do conselho estão com os funcionários.

Tendo se tornado grande demais, a Volkswagen tem por volta de 120 fábricas em todo o mundo e dezenas de milhares de funcionários. Contudo, os gastos monumentais com carros elétricos (mais de € 90 bilhões) após o Dieselgate, que lhe consumiu mais de duas dezenas de bilhões de euros, exauriram os fundos da montadora.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X