Tribunal alemão julga que o sistema Autopilot da Tesla não é adequado para uso, devido a muitas frenagens-fantasma

tesla autopilot fsd
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Um tribunal alemão decidiu que o sistema Autopilot utilizado pelo Tesla Model 3 apresenta defeitos e não é adequado para uso regular devido a problemas de frenagem fantasma.

Esta decisão marca um precedente histórico na caracterização do sistema de assistência ao motorista da Tesla , após anos de reclamações de proprietários em diversos países.

A questão chegou aos tribunais alemães quando Christoph Lindner, proprietário de um Tesla Model 3, processou a montadora após vivenciar diversos episódios preocupantes de frenagem inesperada.

Segundo ele, o veículo acionava os freios aleatoriamente ao entrar e sair de túneis, ao mudar de superfície na estrada e até mesmo na presença de veículos maiores.

Durante o processo, conforme relatado pelo jornal alemão Handelsblatt , os juízes solicitaram que um engenheiro especialista conduzisse o Model 3 do autor para verificar os problemas relatados.

O profissional percorreu mais de 700 quilômetros, principalmente em rodovias, documentando a viagem com duas câmeras internas.

Após registrar diversos casos de frenagem fantasma, o especialista interrompeu os testes por questões de segurança, considerando arriscado continuar os testes em vias públicas.

Em um dos incidentes, o engenheiro conduzia o Model 3 na faixa esquerda de uma rodovia de três pistas a 140 km/h quando o veículo freou abruptamente, reduzindo a velocidade para 96 km/h sem motivo aparente.

A manobra forçou os veículos que vinham atrás a desviar e frear bruscamente.

A decisão do Tribunal Regional de Traunstein, emitida em meados de janeiro, determinou que o sistema Autopilot não oferece a funcionalidade esperada por um consumidor que adquire um veículo nesta faixa de preço.

Embora a Tesla tenha defendido que seu sistema funciona conforme projetado, foi ordenado que a empresa repare o veículo defeituoso do autor.

O caso agora está sob análise do Tribunal Regional Superior de Munique.

Lindner considera insuficiente uma simples reparação e busca a rescisão do contrato de compra original ou a substituição por um novo veículo sem defeitos.


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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.