A antiga fábrica da Troller em Horizonte, no interior do Ceará, mudou finalmente de mãos e passou da Ford para o governo do estado, num acordo que demorou anos para ser concretizado.
Assim como na Bahia, com a BYD em Camaçari, a Ford passou a instalação para o governo estadual, que repassará sob concessão o local para um novo investidor, que promete produzir veículos elétricos no local.
No caso da Ford, a empresa disse em nota que o acordo foi “um passo definitivo para utilizar a planta de Horizonte na geração de crescimento econômico e social para a comunidade cearense”.
Em 11 de janeiro de 2021, uma data que muitos clientes da Ford não se esquecem, a montadora americana fechou as fábricas de Camaçari, Taubaté e anunciou que Horizonte, então com a Troller, seguiria o caminho até setembro do mesmo ano.
Assim como as duas que faziam carros e motores, respectivamente, a Troller também viu sua fábrica fechar e a própria marca entrar em extinção, como a Mercury, muitos anos antes nos EUA.
Mas, águas passadas não movem moinho e um novo “dono” chega na forma da Comexport, que atua em comércio exterior e suprimentos, pretendendo transformar a planta de Horizonte num hub montador de veículos para outras marcas.
A ideia é produzir carros elétricos para três marcas interessadas em vender no Brasil, usando um modelo bem comum no Uruguai, onde empresas locais montam picapes, vans e pequenos caminhões para atingir mercados do Mercosul sem imposto de importação.
O investimento inicial da Comexport é de R$ 400 milhões em Horizonte, onde o processo deverá ser como CKD ou SKD, de modo a facilitar o ingresso dessas marcas no país sem taxas os 35% de taxa.
Isso inicialmente, já que os planos da Comexport é avançar na nacionalização e na produção de componentes para estes fabricantes estrangeiros. Nenhum dos três foi revelado, mas marcas chinesas são sempre as primeiras a estarem na fila de negócios como este.
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