
Não é novidade que o Tesla Cybertruck se tornou um dos veículos mais polêmicos da última década.
Do visual questionável à execução atribulada, passando pela montanha-russa de promessas quebradas, a picape elétrica de Elon Musk divide opiniões por onde passa.
E, nos últimos meses, tem dividido também muros e calçadas, servindo de alvo para protestos, pichações e até incêndios. Um desses exemplares, aliás, está agora indo a leilão nos EUA, com preço estimado em absurdos US$ 82 mil.
Sim, estamos falando de um Cybertruck carbonizado, vandalizado, depenado e com pneus destruídos. Um verdadeiro “pós-apocalipse sobre rodas”. Falamos sobre o acontecido no último dia 25 de janeiro.

Ou, dependendo do ponto de vista, uma escultura acidental que representa perfeitamente o estado de espírito de parte do público em relação à Tesla.
Este Cybertruck em questão teve seu momento de glória — ou desgraça — em janeiro, quando foi encontrado pegando fogo em um estacionamento de Los Angeles.
Após o incêndio, os restos do veículo foram deixados praticamente intactos no local, virando palco para pichações, curiosos e fotógrafos.

O capô foi cortado, possivelmente pelos bombeiros tentando acessar o sistema de desligamento de alta voltagem, e o interior virou cinzas. O volante sumiu, o painel está danificado e a central multimídia foi pro espaço.
Em meio ao caos, os bancos traseiros milagrosamente sobreviveram. Um respiro de esperança? Talvez.
Segundo a descrição oficial do leilão, o dano principal é “queima interna” e o secundário é “vandalismo”.

O que dá um toque quase poético à situação — como se houvesse uma hierarquia formal entre fogo e pichação. Se fosse uma instalação em uma galeria contemporânea de Berlim, ninguém duvidaria da intenção artística.
E convenhamos: esse Tesla destruído diz muito. É símbolo da idolatria tecnológica que virou alvo de frustração popular.
É o reflexo da rejeição crescente à figura de Elon Musk. É também um lembrete gritante de como promessas futuristas podem pegar fogo, literalmente.

Com tudo isso, é impossível não se perguntar: quem vai pagar 82 mil dólares por um veículo que exige, no mínimo, 81.999 dólares em consertos? Talvez ninguém interessado em restaurar.
Mas talvez algum colecionador excêntrico, amante de arte distópica ou crítico da cultura de ícones do Vale do Silício veja valor nesse “monumento à decadência”. Ou talvez algum influencer do TikTok compre só pra fazer um unboxing irônico em meio às chamas.
De qualquer forma, se você está procurando um Cybertruck que chame atenção, este sem dúvida entrega. Só não espere que ele vá te levar muito longe. Mas como peça de conversa — ou protesto — é imbatível.

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