União Europeia defende um bônus ecológico para carros elétricos; será que isso ajudará a aumentar as vendas?

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Os últimos meses têm sido marcados por um cenário preocupante: a venda de carros elétricos está desacelerando, especialmente depois da revisão dos incentivos governamentais.

Na França, por exemplo, o bônus ecológico agora depende da renda declarada. Quem ganha até € 16.300 por ano pode receber até € 4.000 de ajuda.

Para rendas entre € 16.301 e € 26.200, o valor cai para € 3.000. Acima disso, o bônus fica limitado a € 2.000. Ou seja, o incentivo ficou bem menor do que antes.

No entanto, há uma proposta de um bônus ecológico europeu em discussão. O que pode sair disso?

A ideia vem ganhando força há meses e tem o apoio de líderes como Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, onde o mercado de elétricos também está estagnado.

A redução dos subsídios em diversos países freia o crescimento desse setor. Por mais que esses incentivos sejam caros para os cofres públicos, ainda são essenciais para impulsionar as vendas.

O fato é que, sem estímulos financeiros, a maioria dos consumidores não está disposta a investir em um carro elétrico.

Se a União Europeia decidisse bancar parte desses incentivos, os países que cortaram ou reduziram os bônus poderiam restabelecê-los. Isso tornaria os elétricos mais acessíveis e poderia reaquecer o mercado.

Mas convencer todos os países a colocar dinheiro nisso não será simples. Afinal, esse tipo de iniciativa beneficiaria principalmente economias com indústria automotiva forte, como Alemanha e França. Ainda há um longo caminho pela frente.

Outro ponto importante é definir os critérios para essa ajuda. Desde o ano passado, a Europa tem imposto taxas extras aos fabricantes chineses e revisado os critérios de incentivo para favorecer carros fabricados no continente.

Isso já fez algumas marcas trazerem de volta a produção de certos modelos para a região. Se o bônus europeu sair do papel, é provável que siga essa mesma linha: além de incentivar os elétricos, ajudaria a fortalecer a indústria automotiva local.

Resta decidir quem poderia se beneficiar desse bônus. Seria algo exclusivo para consumidores de baixa renda ou se aplicaria a todos?

Ainda há muitas questões a serem resolvidas antes que essa proposta avance. Mas uma coisa é certa: qualquer incentivo adicional tornaria os elétricos mais acessíveis.

A dúvida é qual será o tamanho desse bônus e se ele será suficiente para fazer a diferença. No mínimo, ajudaria a União Europeia a demonstrar que está realmente comprometida com a transição ecológica que ela mesma determinou.


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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X