A General Motors divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025 com uma notícia nada animadora: um prejuízo direto de US$ 1,1 bilhão.
O rombo financeiro impactou fortemente o desempenho da empresa, que viu seu lucro operacional despencar 35% em relação ao ano anterior, caindo de US$ 4,43 bilhões para US$ 3,04 bilhões.
Mesmo com o crescimento impressionante nas vendas de carros elétricos — que mais do que dobraram no período —, a GM não conseguiu evitar o golpe pesado provocado pelas novas taxações sobre produtos importados.
E o pior ainda está por vir: a própria empresa admitiu que espera um impacto ainda maior no terceiro trimestre, podendo elevar os custos em até US$ 5 bilhões no total só em 2025.
Para tentar conter os danos, a montadora anunciou um pacote de medidas para compensar parte dessas perdas, como ajustes na produção, corte de gastos e controle de preços.
Segundo a GM, ao menos 30% do prejuízo deverá ser mitigado com essas ações. Um investimento de US$ 4 bilhões foi confirmado para adaptar a produção local, enquanto a parceria com a LG Energy Solution será ampliada para a fabricação de baterias LFP de menor custo.
Apesar da crise financeira, a GM segue insistindo que os veículos elétricos são seu “norte verdadeiro”.
Com 46.280 EVs vendidos no trimestre — um crescimento de 111% —, a empresa celebrou a ascensão da Chevrolet ao segundo lugar no ranking americano de vendas de elétricos, superando Ford e Hyundai.
O Equinox EV se destacou como um dos modelos mais vendidos, com autonomia de até 319 milhas e preço competitivo.
A Cadillac também ampliou sua presença no segmento premium com os modelos Optiq, Lyriq, Vistiq e Escalade IQ, enquanto a GMC cresceu com as vendas das versões elétricas do Hummer e da picape Sierra.
Ainda assim, os números não escondem o sinal de alerta. O prejuízo bilionário com as tarifas e a queda no lucro operacional levantam dúvidas sobre a capacidade da GM de sustentar a transformação elétrica em meio a um cenário econômico turbulento.
Mesmo com a promessa de novos modelos como o Bolt atualizado e incentivos fiscais em vigor até setembro, o futuro da gigante de Detroit depende agora não só da tecnologia, mas da capacidade de sobreviver a um ambiente político e financeiro cada vez mais volátil.
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