Com as vendas em queda nos Estados Unidos, a Toyota decidiu adiar novamente a produção de seu novo SUV elétrico, programado agora para sair da linha de montagem apenas em 2028.
Inicialmente previsto para ser produzido na unidade de Princeton, Indiana, o modelo será realocado para a planta de Kentucky, onde a montadora pretende concentrar seus esforços em eletrificação a partir de 2026.
A mudança também tem como objetivo liberar espaço para a ampliação da produção do Grand Highlander, SUV a gasolina que segue em alta.
Os números mais recentes mostram um desempenho decepcionante para os modelos 100% elétricos da Toyota.
O bZ4X, seu único SUV elétrico no mercado americano, teve apenas 1.223 unidades vendidas em junho, volume inferior aos quase 1.400 carros comercializados no mesmo período do ano passado, mesmo com atualizações promovidas para o modelo 2025.
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o bZ4X soma 9.249 unidades vendidas, levemente abaixo das 9.500 do ano anterior.
A situação também é desfavorável para a marca de luxo Lexus. O RZ, SUV elétrico da divisão premium da Toyota, teve apenas 763 unidades vendidas em junho, uma queda de 30% em relação ao ano anterior.
No acumulado do semestre, as vendas do RZ recuaram 33%, totalizando 3.779 unidades.
Com essa performance abaixo do esperado, a Toyota está redirecionando sua estratégia.
A montadora pretende ampliar a produção do Grand Highlander, SUV movido a gasolina que registrou mais de 65 mil unidades vendidas apenas no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 20% em relação ao ano passado.
Para isso, uma nova linha de montagem dedicada ao modelo foi instalada na unidade de Indiana.
Mesmo com os atrasos, a Toyota não abandona os planos de eletrificação. A empresa pretende lançar sete novos modelos elétricos até meados de 2027, incluindo versões sob a marca Lexus.
Entre os modelos aguardados estão um novo bZ com maior autonomia e conector NACS compatível com os Superchargers da Tesla, além do compacto C-HR elétrico e o mais robusto bZ Woodland, previsto para chegar ao mercado em 2026.
A reestruturação mostra que, enquanto o mercado americano ainda prefere opções híbridas ou a combustão, a Toyota precisa manter o equilíbrio entre atender à demanda atual e se preparar para o futuro elétrico.
Ainda que os resultados imediatos não sejam animadores, a marca aposta em uma transição gradual, apostando na diversidade de opções para reconquistar espaço no competitivo mercado norte-americano.
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