
Nós os consideramos como minicarros ou até microcarros, mas na França e outros países da Europa, são categorizados como quadriciclos, embora estejam muito além do que entendemos aqui pelo termo.
Na França, o reino dos quadriciclos, normalmente conhecidos como os carros isentos de licença de direção ou carro de adolescentes, as vendas dobram no país no período entre 2019 e 2024.
Marcas como Aixam, Ligier, Renault e Citroën, entre outras, exploram bem esse mercado na França, onde são limitados em velocidade de 45 km/h e precisam cumprir algumas regras.
Mesmo sendo essencialmente urbanos, eles podem, por exemplo, ser movidos a diesel, algo impensável em lugares como o Brasil, por exemplo. Em Portugal, por exemplo, são conhecidos como carros de “reformados” ou aposentados.
Na França, jovens a partir dos 14 anos já podem dirigir um quadriciclo, que agora também já é oferecido com propulsão 100%, tendo ainda outra categoria a partir dos 16 anos e com limite de 90 km/h.
Embora não sejam exatamente baratos, com exceção do Citroën Ami, que parte de € 7.999, os quadriciclos estão preocupando os franceses, em especial os parisienses.
O motivo é um aumento considerável nos acidentes envolvendo estes tipos de veículos pequenos, porém, pior que isso é a gravidade dos ferimentos, já que tais carros não possuem o mesmo nível de proteção de veículos maiores.
Em 2024, só na França, ocorreram 51.058 acidentes com ferimentos, levando a 3.193 mortes em todo o país, só que envolvendo quadriciclos, a soma é pequena, de apenas 445 acidentes com ferimentos, mas que levaram a 34 das quais eram os usuários desses quadriciclos.
Na média nacional francesa, os acidentes com mortes representam 1 fatalidade a cada 16 acidentes com ferimentos, enquanto os quadriciclos chega a 1 óbito a cada 12 acidentes.
Deve-se lembrar que a França tem uam frota de 50 milhões de veículos, sendo 39 milhões de particulares, com 68% das mortes ocorrendo fora de zonas urbanas, o que intensifica a preocupação com os quadriciclos.
Testes do Euro NCAP também revelam as limitações de segurança desses pequenos carros, que muitas vezes custam bem acima de € 20.000… Seria bom o Brasil regulamentar esse tipo de carro aqui, mesmo sem diesel?
[Fonte: L’Argus]

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