As vendas globais de veículos elétricos (EVs) e híbridos plug-in (PHEVs) cresceram 30,5% em setembro, impulsionadas por recordes na China e a retomada do crescimento na Europa, de acordo com o relatório da empresa de pesquisa de mercado Rho Motion.
O mercado norte-americano, por outro lado, tem registrado um crescimento mais moderado, à espera das eleições de 5 de novembro, o que torna difícil prever tendências futuras nos EUA, segundo Charles Lester, gerente de dados da Rho Motion, em entrevista à Reuters.
Montadoras chinesas estão buscando expandir suas vendas na União Europeia, mesmo enfrentando taxas de importação de até 45% e a queda na demanda global por carros elétricos.
O embate entre montadoras chinesas e europeias ficou evidente durante o Salão do Automóvel de Paris, realizado no início da semana.
As vendas mundiais de EVs — incluindo totalmente elétricos (BEVs) e híbridos plug-in (PHEVs) — alcançaram 1,69 milhão de unidades em setembro, de acordo com os dados da Rho Motion.
O mercado chinês foi o grande destaque, com um salto de 47,9% nas vendas, somando 1,12 milhão de veículos. Nos Estados Unidos e Canadá, as vendas subiram 4,3%, atingindo 150 mil unidades.
Na Europa, o aumento foi de 4,2%, com 300 mil veículos vendidos, impulsionado por um crescimento de 24% no Reino Unido e avanços em mercados como Itália, Alemanha e Dinamarca.
O mercado chinês continua superando expectativas, e Charles Lester prevê que as vendas na China poderão bater recordes todos os meses até o final do ano.
Além disso, ele ressaltou que o crescimento de 7% na Alemanha é uma “notícia positiva”, especialmente com as metas intermediárias de redução de emissões de carbono previstas pela União Europeia para o próximo ano, que testarão a resiliência do mercado do bloco.
Ainda assim, a Rho Motion ajustou suas previsões para o mercado europeu. William Roberts, líder de pesquisa automotiva da empresa, afirmou que as vendas de EVs na Europa devem alcançar 3,78 milhões de unidades em 2025 e 9,78 milhões até 2030, representando uma revisão para baixo de 24% e 19%, respectivamente, em relação às estimativas anteriores.
Enquanto a França anunciou recentemente planos para reduzir o apoio aos compradores de veículos elétricos, a Alemanha optou por oferecer alívio fiscal às empresas para estimular as vendas de EVs, após ter encerrado um esquema de subsídios que visava acelerar a transição para uma economia verde no ano passado.
Esses movimentos políticos refletem os ajustes necessários para equilibrar o crescimento da demanda e a sustentabilidade econômica em um cenário de transição energética.
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