
A liderança do mercado automotivo chinês em 2025 tem um novo protagonista — e não é nenhum modelo da Tesla nem da BYD.
O carro mais vendido da China, somando elétricos e modelos a combustão no primeiro semestre do ano, foi o Geely Xingyuan, também conhecido como “Star Wish”.
Com preços a partir de 69.800 yuans (aproximadamente R$ 49 mil), o compacto elétrico da Geely ultrapassou os tradicionais campeões de venda e assumiu o topo do ranking.
De acordo com o portal chinês Yiche, a Geely vendeu cerca de 205 mil unidades do Xingyuan até junho. O BYD Seagull (o nosso Dolphin Mini), que até então brigava cabeça a cabeça com o Tesla Model Y pela liderança entre os EVs, ficou em segundo lugar com 174.912 unidades.
Já o SUV elétrico da Tesla ficou em terceiro, com 171.491 carros vendidos no mesmo período.
O sucesso do Xingyuan não é por acaso. O modelo da Geely oferece duas versões de bateria LFP fabricadas pela CATL, uma de 30,12 kWh e outra de 40,16 kWh.
A primeira garante autonomia de até 310 km (ciclo CLTC), enquanto a segunda chega a 410 km. Mesmo com especificações modestas, o conjunto é mais do que suficiente para o uso urbano — e o preço acessível conquista o consumidor de forma decisiva.
Mesmo com a derrota, a BYD Seagull não fez feio. Foram quase 30 mil unidades vendidas por mês, o que a mantém como uma das referências do segmento.
Para manter a competitividade, a BYD reduziu novamente os preços do Seagull em 2025, oferecendo o modelo básico por 55.800 yuans (aproximadamente R$ 39 mil).
Outros modelos que aparecem no top 5 de vendas incluem o Wuling Hongguang MINI EV, com 171.046 unidades, e o BYD Qin PLUS, com 163.603.
Outro destaque é o Xiaomi SU7, que mesmo com produção limitada já alcançou mais de 155 mil unidades vendidas e tem se mantido com uma média mensal acima de 20 mil desde outubro.
A Tesla, por sua vez, segue liderando o segmento premium com o Model Y, mas sente a pressão.
A ascensão do SU7 da Xiaomi e a explosão dos modelos mais baratos da Geely e da BYD mostram que o consumidor chinês está cada vez mais atento ao custo-benefício, especialmente no segmento de entrada.
Com a disputa acirrada e novos lançamentos a caminho, o segundo semestre promete ainda mais movimentação nesse que é o maior mercado de carros elétricos do planeta.
A guerra pelo topo mal começou, e os compactos acessíveis parecem estar em clara vantagem.
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