A Venezuela pode ter uma produção local de automóveis russos em seu território, o que também se aplicaria a produtos farmacêuticos, disse o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Ivan Gil Pinto, conforme relatado pelo jornal russo Izvestia.
Segundo um alto diplomata venezuelano, os dois países já estão negociando uma potencial cooperação industrial, particularmente nos setores automotivo e farmacêutico, informou a agência russa TASS.
Gil Pinto destaca que seu país convidou empresas russas para estabelecer produção não somente para o mercado venezuelano, mas também para exportar seus produtos para outros países da América Latina e do Caribe.
Pinto disse: “A Venezuela é totalmente abastecida com produtos de grandes empresas farmacêuticas russas, e agora elas buscam possibilidades de localizar a produção no país. Temos capacidade técnica para a produção farmacêutica e ela está em constante crescimento”.
O ministro do país vizinho enfatizou: “A Venezuela é um país em desenvolvimento dinâmico”.
No passado, a Venezuela foi um importante produtor de automóveis e comerciais leves na América do Sul, com fábricas da Ford, General Motors e Toyota, entre outras.
Dos anos 90 para cá, a Venezuela foi perdendo essa capacidade industrial e, em seus piores momentos, chegou a cogitar a produção de carros iranianos, chegando hoje a praticamente não fazer nada por lá.
Tendo alguns dos preços mais exorbitantes do mundo para automóveis, a Venezuela chegou ao fundo do poço automotivo (e em diversos outros setores), buscando agora se reerguer das cinzas.
No lado russo, que aproveitou os 80 anos do Dia da Vitória para passar um recado de não isolamento com a presença de 20 países, a expansão da produção local para outras regiões reforçaria a atual política de Moscou.
Hoje, a marca russa Lada é a principal do país, mas outras surgiram do que restou do parque industrial russo após a saída das montadoras estrangeiras, como a Moskvich, renascida com ajuda da JAC Motors.
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