
O domínio da Tesla no mercado de veículos elétricos plug-in do Reino Unido chegou ao fim — e quem assume a dianteira é a chinesa BYD.
Em uma virada impressionante, a marca asiática registrou quase sete vezes mais emplacamentos que sua rival americana no mês passado, segundo dados da Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Automóveis do Reino Unido (SMMT).
De janeiro a outubro de 2025, a BYD já acumula 39.103 carros vendidos no território britânico, contra 35.455 da Tesla.
Enquanto os chineses multiplicaram suas vendas por seis em comparação ao ano anterior, a marca liderada por Elon Musk amargou uma queda de 4,5% no mesmo período.
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O contraste chama atenção. Em 2024, a Tesla ainda vendia quase seis vezes mais que a BYD no país, quando esta somava apenas 8.788 unidades emplacadas.
Agora, os números se inverteram, com a montadora chinesa crescendo de forma explosiva e transformando o Reino Unido em seu maior mercado fora da China.
O crescimento da BYD no Reino Unido ocorre num momento em que a Tesla enfrenta um cenário mais desafiador em toda a Europa.
A empresa tem sido pressionada por uma concorrência crescente, tanto de marcas tradicionais quanto de novos entrantes asiáticos, além de lidar com uma percepção pública mais crítica em relação à figura de Musk no continente.

A desaceleração da Tesla contrasta com a expansão agressiva da BYD, que tem apostado em uma linha de modelos mais acessíveis e eficientes, com forte apelo em mercados que estão adotando os EVs em ritmo acelerado.
A boa aceitação dos modelos Dolphin e Atto 3, por exemplo, tem sido um dos pilares do sucesso britânico da marca.
O Reino Unido, que ultrapassou a Alemanha como o maior mercado europeu para veículos 100% elétricos, tornou-se um terreno fértil para essa disputa.
A política de incentivos à eletrificação, somada à alta demanda por modelos compactos e eficientes, favorece exatamente o perfil dos veículos oferecidos pela BYD.
Além da estratégia de preços agressivos, a montadora chinesa também se beneficia da capacidade de produção verticalizada e da expertise em baterias — área onde a empresa é referência mundial.
Esses fatores permitem que a marca ofereça EVs com boa autonomia, tecnologia embarcada competitiva e prazos de entrega mais curtos.
Com o desempenho atual, a BYD não só ultrapassa a Tesla, como também envia um sinal claro ao mercado europeu: está pronta para competir de igual para igual com os gigantes do setor, inclusive nos mercados mais exigentes.
Se o ritmo de crescimento continuar, a BYD poderá encerrar o ano consolidada como uma das líderes absolutas do mercado britânico de EVs — e talvez se aproximar ainda mais de uma eventual liderança europeia no médio prazo.
Enquanto isso, a Tesla precisa encontrar formas de reverter a queda e responder à nova realidade do mercado, onde sua hegemonia não é mais garantida.
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