A Volkswagen reforçou nesta quinta-feira seu compromisso com cortes de custos em larga escala, como parte de uma estratégia para manter a competitividade diante de um cenário global cada vez mais desafiador para a indústria automotiva.
Durante uma reunião de gestão realizada em Berlim, o CEO Oliver Blume destacou liderança, foco e finanças como as três prioridades centrais da montadora para 2025.
Segundo um porta-voz da empresa, Blume afirmou que reduzir os custos de forma consistente é essencial para que o grupo garanta sua posição no mercado no longo prazo.
Mesmo diante de dificuldades, o executivo acredita que as marcas e os produtos do grupo representam as chaves para um futuro promissor.
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Já o diretor financeiro, Arno Antlitz, foi direto ao dizer que a empresa precisa gerar mais receita utilizando menos recursos, o que exigirá medidas ainda mais rígidas de controle de custos e maior disciplina nos investimentos.
Entre os pontos destacados por Antlitz estão a necessidade de melhorar as margens dos veículos elétricos, reduzir significativamente os custos fixos e industriais, além de priorizar investimentos nas tecnologias mais relevantes para o futuro da mobilidade.
O executivo também defendeu uma maior sinergia entre as diversas marcas do grupo, menos complexidade operacional e um fortalecimento da presença da Volkswagen nos Estados Unidos e em outras regiões fora da Europa.
Em dezembro de 2024, a montadora já havia firmado um acordo com os sindicatos para reestruturar suas operações na Alemanha, com a meta de eliminar até 35 mil postos de trabalho até 2030.
A medida foi vista como uma resposta à pressão crescente de concorrentes chineses com modelos mais baratos e ao ritmo mais lento do que o previsto na adoção de veículos elétricos.
Antlitz afirmou ainda que, pela primeira vez em muito tempo, os custos gerais da empresa em 2025 ficaram abaixo do nível registrado no ano anterior — um sinal de que os esforços de contenção estão começando a surtir efeito.
As declarações dos líderes da Volkswagen refletem uma mudança de postura: menos expansão a qualquer custo e mais foco em eficiência, racionalização e rentabilidade.
Com margens pressionadas, alto investimento em novas tecnologias e concorrência acirrada, a montadora aposta em uma gestão mais enxuta e focada em resultados concretos.
O desafio agora é manter o equilíbrio entre a redução de despesas, a inovação em mobilidade elétrica e a conquista de novos mercados estratégicos — especialmente em regiões onde a presença da marca ainda é tímida, como nos EUA e em parte da Ásia.
A Volkswagen inicia 2026 com um plano: cortar excessos, otimizar processos e consolidar seu papel no cenário global da nova era automotiva.
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