
A Volkswagen está intensificando sua estratégia para manter a dianteira no mercado europeu de carros elétricos com uma nova geração de modelos compactos e acessíveis.
A grande aposta da vez é o ID. Cross Concept, um EV pequeno e 100% elétrico, revelado oficialmente neste fim de semana e com previsão de chegar ao mercado na primeira metade de 2026.
O modelo será lançado com preço inicial em torno de €25 mil, o equivalente a cerca de R$ 135 mil, segundo o CEO Oliver Blume.
A proposta é clara: oferecer um carro elétrico competitivo e acessível que ajude a consolidar a liderança da marca no segmento, especialmente diante da crescente pressão exercida pelas montadoras chinesas em território europeu.
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Essa será a quarta adição à nova família de elétricos da Volkswagen, que já inclui o ID.2 all, o esportivo ID. GTI Concept e o urbano ID. EVERY1.
Todos os modelos fazem parte de uma plataforma renovada, equipada com o novo conceito de bateria unificada da marca, que promete ganhos de eficiência e redução de custos.
“Trabalhamos duro nos últimos anos para evoluir nosso software e melhorar a oferta de baterias. Essa nova família representa um salto na nossa competitividade”, afirmou Blume em entrevista à CNBC.
Atualmente, a Volkswagen detém 28% de participação no mercado europeu de veículos elétricos — uma liderança que o executivo pretende ampliar com essa nova ofensiva.

O anúncio ocorre na véspera do Salão IAA Mobility em Munique, evento que deve reunir os principais players europeus em meio a uma tensão crescente com os concorrentes chineses, cada vez mais presentes e agressivos no segmento de elétricos.
Questionado sobre o avanço asiático, Blume foi categórico:
“Não tenho medo da concorrência. A competição é positiva, como no esporte: quando você tem adversários fortes, é obrigado a ser melhor. E foi exatamente isso que buscamos nos últimos anos”.
Apesar do otimismo, o CEO reconhece os desafios impostos por tarifas e regulações. O setor automotivo europeu enfrenta um verdadeiro temporal, com aumento nos custos de produção, incertezas regulatórias e tensões comerciais com os Estados Unidos.

Blume celebrou um recente avanço nas negociações entre União Europeia e governo americano, que deve reduzir as tarifas de importação de veículos para 15%. Ainda assim, considera que a taxa continua sendo um “peso” para as operações da empresa no mercado norte-americano.
Mesmo assim, a Volks promete seguir investindo forte nos EUA.
“Estamos fazendo grandes investimentos na América do Norte, e vamos continuar”, reforçou o CEO. A estratégia é clara: equilibrar os riscos globais com uma presença ainda mais consolidada nos mercados estratégicos.
Com uma combinação de preço competitivo, melhorias tecnológicas e discurso agressivo, a Volkswagen tenta blindar sua posição diante de um cenário em rápida transformação — e onde os rivais, especialmente da China, não param de crescer.
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