A guerra comercial entre União Europeia e China está tomando novos rumos quando agora as montadoras do continente questionam as regras de Bruxelas quanto à sobretaxa de veículos elétricos importados do gigante asiático.
A Volkswagen, maior montadora da Europa e uma das duas maiores do mundo, ao lado da Toyota, se posiciona contra a política atual de tarifar os fabricantes chineses em até 38,1% cima da taxa regular de 10% do imposto de importação.
O que acontece na Europa é que mesmo as montadoras chinesas que estão construindo fábricas na região, estão sendo sobretaxadas, não importando o tamanho do investimento e nem as consequências do mesmo.
A MG, da SAIC, por exemplo, tem planos para produção em pelo menos duas regiões da Europa. No caso da VW, Oliver Blume, CEO da empresa, disse ao jornal dominical Bild am Sonntag que a defende uma mudança nas regras, segundo a Reuters.
Blume disse: “Em vez de tarifas punitivas, isso deveria ser sobre dar crédito mútuo para investimentos. Aqueles que investem, criam empregos e trabalham com empresas locais devem se beneficiar quando se trata de tarifas”.
Segundo os cálculos, os custos para os fabricantes chineses venderem seus carros na Europa chegaria a 45%. Com o novo plano, isso custaria bilhões de dólares extras às montadoras para trazer carros para o bloco e devem ser impostas a partir do mês que vem por cinco anos.
A ideia é que os fabricantes chineses que estejam investindo na Europa, em produção de veículos, tem créditos para poder importar sem a sobretaxa a medida que fazem seus aportes, como acontece no Brasil.
Aqui, o governo concedeu créditos em forma de cotas para importação sobre o aumento nas alíquotas de importação de veículos, mediante os investimentos em fábricas no país, sendo essa a única maneira de escapar da taxa, que será de 35% a partir de 2026.
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