
A Volkswagen decidiu dar um passo atrás nos planos de eletrificar a Amarok global, colocando um fim — pelo menos temporário — na ideia de lançar versões híbridas plug-in ou totalmente elétricas da sua picape média nesta geração.
A atual Amarok, vendida em mercados como Europa, África e Oceania, compartilha sua plataforma com a nova Ford Ranger e chegou ao mercado em 2022.
Apesar disso, a marca alemã optou por manter a caminhonete em sua configuração tradicional, com motores a combustão — diesel e gasolina — como protagonistas.
Segundo o site australiano CarExpert, a confirmação veio diretamente de Nathan Johnson, diretor da divisão de veículos comerciais da Volkswagen, que afirmou que o CEO Stefan Mecha “foi claro: a Amarok PHEV ou BEV não está mais em discussão nesta geração”.
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A decisão, conforme explicou, é global e reflete uma mudança de rumo estratégica na abordagem da empresa para o segmento de picapes.

Essa escolha chama atenção especialmente porque a Ford, que fornece a base técnica da nova Amarok, já oferece uma Ranger com motorização híbrida plug-in.
O modelo combina um motor 2.3 turbo a gasolina com um propulsor elétrico, entregando 281 cv e cerca de 40 km de autonomia elétrica graças a uma bateria de 11,8 kWh.
Com isso, a Volkswagen tinha à disposição uma solução híbrida pronta para uso, mas preferiu não adotá-la — pelo menos por enquanto.
Apesar do recuo, a eletrificação da Amarok não foi descartada para sempre.
A expectativa é que, na próxima geração, prevista para o fim da década, a marca retome os planos de uma versão eletrificada, alinhando-se à tendência que deverá se consolidar no segmento de picapes médias até lá.

Enquanto isso, na América do Sul, a história é diferente.
A Volkswagen continua apostando na primeira geração da Amarok, fabricada sobre a antiga plataforma da marca e ainda produzida na Argentina.
Esse modelo passou por um facelift recente e continuará evoluindo de forma independente da versão global.
A grande novidade para a região está programada para 2027: uma Amarok completamente nova, com motorização híbrida e foco exclusivo nos mercados sul-americanos.
Esse projeto será baseado em uma nova arquitetura desenvolvida em parceria com a chinesa SAIC, com quem a Volkswagen mantém uma aliança estratégica.

A base é compartilhada com modelos como Maxus Interstellar X, LDV Terron 9 e MGU9 — picapes vendidas na China —, mas o design e a calibração serão 100% Volkswagen.
A nova Amarok sul-americana será produzida na planta de General Pacheco, na Argentina, e faz parte de um investimento de US$ 580 milhões que inclui modernização da fábrica e desenvolvimento do novo produto.
A estratégia evita a sobreposição com a Amarok global e permite à marca atender às demandas específicas da América Latina, onde o interesse por modelos híbridos cresce, mas o custo-benefício ainda é fator decisivo.
Com esse movimento, a Volkswagen adota uma abordagem dupla para o futuro da Amarok: mantém a linha atual a combustão para o mercado global enquanto desenvolve, de forma regionalizada, uma picape híbrida sob medida para a América do Sul.
Enquanto isso, os concorrentes aceleram: a Ford Ranger híbrida já está prestes a chegar aos primeiros mercados, e outras marcas avaliam opções eletrificadas para o segmento.
Na Volkswagen, o futuro da picape elétrica ainda é uma promessa — mas só para a próxima década.
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