
Enquanto outras montadoras ainda buscam viabilidade para robô-táxis, a Rivian acelera com uma proposta mais realista: carros autônomos pensados para uso pessoal.
A marca americana está desenvolvendo um sistema completo de direção autônoma, mas deixou claro que essa tecnologia não faz parte do acordo de US$ 5,8 bilhões fechado com o Grupo Volkswagen.
Apesar do investimento massivo da gigante alemã, a Rivian não está compartilhando sua plataforma de direção autônoma nem sua nova inteligência artificial — apelidada de Large Driving Model (LDM) — com a parceira europeia.
Inspirado nos modelos de linguagem como o ChatGPT, o LDM é uma IA generativa voltada especificamente para direção de veículos, capaz de aprender e melhorar com o tempo, com base em dados reais de condução.
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A revelação veio junto da apresentação de um protótipo do SUV R2 com visual inspirado no R2-D2 de Star Wars, onde também foram mostradas melhorias em sensores LiDAR e capacidades de condução totalmente sem as mãos.

Segundo a Rivian, a ideia não é competir com robô-táxis urbanos, mas sim permitir que veículos pessoais façam tarefas como buscar o dono no aeroporto, rodar sozinhos até casa e até se recarregar automaticamente após o uso.
Essa tecnologia será exclusiva dos modelos da marca — ao menos por enquanto.
RJ Scaringe, CEO da Rivian, foi categórico ao dizer que a parceria com a Volkswagen está limitada a áreas como controle zonal, sistemas operacionais em tempo real e a plataforma de infotainment.
Nada relacionado à interface com o usuário ou à IA de condução está incluso no contrato, embora ele tenha deixado em aberto a possibilidade de uma negociação futura separada.
A escolha de associar a IA à interface do usuário também chamou atenção, já que normalmente a interface é apenas o meio pelo qual o usuário interage com o sistema, enquanto a IA age nos bastidores, processando comandos e executando tarefas.
Apesar do segredo mantido até aqui, a Rivian já planeja expansão da tecnologia a curto e médio prazo.
Até o final de 2026, o novo sistema de direção autônoma estará disponível nos modelos R2 como tecnologia de nova geração — sem opção de retrofit para veículos antigos.
Além disso, a cobertura da função de direção sem as mãos será ampliada para até 3,5 milhões de milhas de rodovias nos Estados Unidos e Canadá.
Para se ter uma ideia, a malha total do sistema interestadual americano tem pouco menos de 80 mil quilômetros, somando com o sistema canadense.
Ou seja, a Rivian quer ir muito além das autoestradas principais, permitindo que seus veículos autônomos operem com confiança em quase toda a malha rodoviária dos dois países.
Enquanto isso, a Volkswagen segue com seu próprio projeto de direção autônoma, o Gen. Urban, em testes na Alemanha.
Mas a questão que fica no ar é: por quanto tempo a VW aceitará ficar de fora do “cérebro” que pode definir o futuro da mobilidade autônoma?
Se a Rivian estiver aberta a uma segunda rodada de negociações, o LDM pode acabar se tornando uma das tecnologias mais cobiçadas da indústria nos próximos anos.
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