Um relatório divulgado na imprensa alemã dava conta de que a Volkswagen tinha planos para demitir pelo menos 30.000 trabalhadores de fábricas instaladas no país e a montadora de Wolfsburg negou o número divulgado.
O comunicado da Volkswagen chama atenção para um detalhe, o número de demitidos. Segundo a revista alemã Manager Magazin, a empresa, por meio de um porta-voz, afirmou: “Não confirmamos esse número”.
Então, o número de “30.000” não bate com o que a montadora aparentemente planeja. Sem confirmar demissões, a VW afirmou: “Uma coisa é clara. A Volkswagen tem que reduzir seus custos em suas filiais na Alemanha. Esta é a única maneira de a marca ganhar dinheiro suficiente para investimentos futuros”.
Mesmo sem falar em demissões, todo enxugamento industrial passa direta ou indiretamente por demissões. Como bem sabemos, ajustes de produção em relação à demanda, suspendem ou eliminam turnos de trabalho.
A questão é reduzir o ritmo e isso não se faz sem cortar a força de trabalho e a VW teria dado a entender inicialmente que pelo menos 90.000 empregados perderiam a estabilidade de emprego, o que os sindicatos, como o IG Metall, estão batalhando dentro e fora da empresa para evitar.
Nesse sentido, a VW disse no comunicado: “Como atingiremos essa meta com os representantes dos funcionários faz parte das próximas negociações”. Segundo a publicação germânica, a montadora considerava dispensa de funcionários apenas a médio prazo.
A VW anunciou ainda um corte de € 10 bilhões em seu investimento de € 170 bilhões, ou seja, que cairá para € 160 bilhões de 2025 até 2029. Trata-se ainda de uma cifra realmente absurda em comparação com investimentos feitos aqui, por exemplo.
São quase R$ 1 trilhão apenas para os próximos cinco anos. Para efeito de comparação, a VWB investirá R$ 16 bilhões até 2028. Claro, o investimento da matriz é ao nível de grupo. A ideia da VW, com isso, era evitar demissões até 2029.
Analistas do banco de investimentos Jefferies, disseram que o plano de fechar de duas a três fábricas na Europa, colocará em risco mais cinco plantas e pelo menos 15.000 empregos.
Já o governo alemão está de olho na situação da Volkswagen, com o Ministro da Economia Robert Habeck dizendo: “A VW é de importância central para a Alemanha”.
[Fonte: Euro News]
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