Volkswagen planeja parar produção em fábrica na China

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A Volkswagen pretende interromper a produção de carros a combustão em uma de suas fábricas em joint venture na China, sendo ela uma das unidades em sociedade com a SAIC, uma das duas grandes parceiras da alemã no país asiático.

Segundo uma fonte da Reuters , a fábrica de Nanquim será fechada ou terá outro tipo de produção, sendo ela localizada na província de Jiangsu. Atualmente ela produz o Passat , já que o nome é detido pela SAIC, em contrapartida, com o Magotan, outro Passat feito pela FAW.

Diante da diminuição da produção excessiva em um mercado que hoje tem 50% das vendas para carros puramente a combustão, a Volkswagen vai enxugar sua produção com o excedente transferido para Yizheng, na mesma província, onde há outra planta da SAIC-VW.

Nesse local, a duas empresas fazem o Lavida, um sedã que fica abaixo do Passat e que tem bom volume de vendas, mas a unidade deve ter sua produção ainda mais elevada com dois modelos da Skoda que terão prioridade nas vendas.

O motivo é que a marca tcheca tem somente 1% das vendas da SAIC-VW, que também inclui alguns carros da Audi, como o Q6 e-tron chinês, muito diferente do Q6 e-tron alemão.

Além de Nanquim, possivelmente a fábrica de Ningbo da SAIC-VW será também fechada, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. O motivo seria o mesmo, alta produção e baixa demanda.

Os compradores chineses estão indo rápido para os carros elétricos e híbridos, numa velocidade que fez a BYD ultrapassar a Volkswagen em sua casa, algo impensável há cinco anos.

A VW sempre foi uma gigante do setor desde os anos 90, com produção em torno de 4 milhões de carros com suas duas sócias (FAW e SAIC), tendo a Audi como líder nas luxuosas.

Todavia, a eletrificação na China teve reação rápida e eficaz das marcas locais, que adicionaram toques de tecnologia e estilo em velocidade que a alemã (e outras estrangeiras) não conseguem assimilar.

Isto é, provavelmente, o início de uma série de fechamentos de plantas de carros a combustão na China, mas não apenas da VW, que tem lá mais de 12 plantas, não incluindo ainda a JAC, adquirida parcialmente.

O movimento de fechamento de fábricas se dará porque muitas marcas chinesas vão falir ou ser encampadas por conterrâneas maiores.

Além disso, suas plantas de carros a combustão não são adequadas para a nova geração de carros elétricos e híbridos. Hoje a China tem 50% de ociosidade, com capacidade atual de 50 milhões de carros ao ano.

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X