Volkswagen pode paralisar produção de Golf e Tiguan por falta de componentes eletrônicos chineses

A Volkswagen está enfrentando uma situação bem difícil na Alemanha, onde a produção dos modelos Golf e Tiguan está seriamente ameaçada pela falta de microchips de origem chinesa, segundo o site americano da CNBC.

O caso acontece por conta da empresa Nexperia, com sede na Holanda, que produz semicondutores e dispositivos para a indústria automobilística europeia, em especial para a alemã, que teve o fornecimento de microchips cortado pela China.

A Nexperia teve seu controle assumido pelo governo holandês, que evocou uma lei nunca usada da época da Guerra Fria, o que gerou uma disputa política com o governo chinês, que impediu a exportação de microchips da filial local para a matriz nos Países Baixos.

Isso fez com que a produção de componentes para as montadoras como a Volkswagen e BMW, bem como de sistemistas como Bosch e ZF, possa ser afetada com a interrupção das exportações chinesas de microchips.

Veja também

Este é o dispositivo que a polícia está usando para pegar patinetes elétricos que passam de 100 km/h

Dono de picape RAM TRX gasta R$ 150 mil em sistema de segurança com vidro blindado, sensores infravermelhos e barras de aço

Lucro da BYD despenca 33% e pressiona expansão global da maior fabricante de EVs do mundo

Audi RS3 Sedan chega ao Brasil com mais aprimoramentos para ampliar performance

No caso da Volkswagen, segundo o jornal, a produção do Golf deve ser interrompida na próxima semana e depois será a vez do Tiguan, ambos feitos na fábrica-sede de Wolfsburg.

A Volkswagen teria confirmado a suspensão da produção dos dois modelos na próxima sexta, dia 24 de outubro, mas alega que se trata de um ajuste diante dos estoques e que a cadência volta na próxima semana normalmente.

Segundo a imprensa alemã, a montadora também já teria entrado em contato com o sindicato para ajustar a dispensa temporária de funcionários devido à possibilidade de paralisação da produção na Baixa Saxônia.

Embora a Volkswagen não compre diretamente componentes como esses feitos na China, a Nexperia os recebe e os introduz em seus dispositivos fornecidos para a montadora alemã, cujos estoques devem durar pelo menos, no caso do Golf, somente essa semana.

A situação mostra a grande dependência das montadoras alemãs e também europeias dos componentes feitos na China e de como o governo local pode simplesmente impedir a exportação de tais itens, afetando assim a cadeia global de suprimentos automotivos.