A Volkswagen vai aumentar a produção de carros a gasolina e diesel no mercado automotivo europeu, com a planta de Wolfsburg, sua sede, contemplada com essa inversão de valores na estratégia de eletrificação da Europa.

Segundo um porta-voz da empresa na quinta-feira, a Volkswagen está planejando turnos adicionais para aumentar a produção em sua principal fábrica alemã histórica, imponente em tamanho e arquitetura.

O plano visa atender à crescente demanda por modelos tradicionais movidos por motores de combustão interna e é aí que a VW, para quem pensa num retorno às origens e em se manter na velha ordem, é a preferência.

Os turnos especiais estão programados para oito fins de semana nos meses de maio, junho e julho e se aplicam a todas as linhas da fábrica, que monta principalmente os modelos Golf e Tiguan.

Atualmente, Wolfsburg se mantém fiel à sua herança e à imagem da VW perante muita gente, produzindo somente modelos a gasolina e diesel, enquanto Emden e Zwickau, se encarregam do admirável novo mundo dos carros elétricos.

A empresa vendeu 5% mais carros sob sua marca principal VW no primeiro trimestre do que no ano passado, quando a empresa montou mais carros em sua fábrica principal do que nos dois anos anteriores.

Em contraste, turnos em fábricas que produzem principalmente modelos elétricos foram cancelados, indicando que o processo de eletrificação deu uma boa desacelerada.

A VW e o sindicato IG Metall chegaram a um acordo sobre um programa de redução em dezembro, incluindo demissões e redução na capacidade de produção.

Até 2030, 35.000 dos 130.000 empregos desaparecerão na Alemanha, enquanto a capacidade em Wolfsburg será reduzida de 900.000 unidades para 600.000 por ano.

Nesse processo, o Golf vai embora para o México. Como compensação, novos modelos elétricos sairão de Zwickau.

No ano passado, Wolfsburg produziu 523.000 carros, ante menos de 500.000 em 2023. Espera-se que o número suba para perto de 600.000 este ano. Tudo isso, ainda bem longe de sua capacidade total.