A Volvo está enfrentando um problemão com um item que deveria ser básico: a chave do carro.
Os modelos elétricos EX30 e EX90, as apostas mais recentes da marca sueca para um futuro sem emissões, chegaram com um cartão-chave moderno e minimalista.
Mas o que era para ser símbolo de inovação virou motivo de frustração generalizada entre os proprietários — e a montadora já admite que pode abandonar a ideia.
O tal cartão, apesar de compacto e fácil de guardar na carteira, exige que o motorista o retire do bolso, aproxime de um ponto específico na maçaneta e aguarde alguns segundos para destravar o veículo.
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Um retrocesso se comparado a sistemas keyless comuns, que bastam estar no bolso para destrancar o carro automaticamente.
Não à toa, o Reddit está lotado de relatos de falhas no funcionamento e frustração dos donos.
A resposta oficial da Volvo? O cartão nunca foi para ser o principal meio de acesso.
“Nossa intenção é que o celular seja a chave principal. O cartão é apenas um plano B”, afirmou Stephen Connor, diretor da Volvo na Austrália.
Ele ainda tentou justificar com a vantagem de atualizações remotas via software, mas reconheceu que mudanças podem ser feitas se os clientes continuarem reclamando.
A má notícia é que a tal chave via celular também não anda agradando muito.
O jornalista Daniel Golson, ao testar o EX90, relatou que o telefone fornecido pela própria Volvo falhou em boa parte das tentativas de destravar ou ligar o carro.
E mesmo quando o sistema funcionava, o processo era lento e inconsistente.
Para usuários mais velhos — público que, na prática, tem comprado o EX30, ao contrário do que a marca previa — a dependência de tecnologia complexa se torna um obstáculo real.
Na tentativa de contornar a situação, a Volvo oferece um “key tag”, uma espécie de chave compacta recarregável.
Este pequeno dispositivo pode ser usado no chaveiro, é reconhecido automaticamente pelo carro a até 9 metros de distância e, ao contrário do cartão, funciona como as chaves modernas tradicionais: basta estar no bolso para tudo funcionar como deveria.
A ironia é que, com todas as promessas futuristas, talvez o que os motoristas realmente queiram seja uma chave simples, confiável e prática — como sempre foi.
A Volvo, que ainda insiste que o cartão é o plano de emergência e o celular o meio principal, talvez precise reavaliar essa estratégia.
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