A situação da Volkswagen nos Estados Unidos neste segundo trimestre de 2025 está longe de ser animadora.
Segundo o relatório financeiro divulgado pela marca, as vendas da montadora alemã despencaram 29% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Entre abril e junho deste ano, a VW vendeu 71.395 unidades, contra mais de 100 mil no segundo trimestre de 2024.
Se houver algum motivo para sorrir em meio aos números negativos, ele atende pelo nome de Golf R. O hatch esportivo teve um crescimento de 12,1% nas vendas. Mas, antes de se empolgar, é bom saber que isso representou pouco mais de 100 unidades a mais vendidas.
O curioso é que esse leve crescimento aconteceu mesmo com o fim da opção de câmbio manual no facelift da linha 2025. Já o Golf GTI, seu irmão mais racional, viu suas vendas caírem 29,1%.
Entre os elétricos, o ID. Buzz — a releitura moderna e 100% elétrica da clássica Kombi — começou a ser vendido recentemente e conseguiu emplacar 564 unidades no trimestre.
Não é muito, mas é bem mais que os míseros dois Arteon vendidos nos últimos três meses. Sim, dois. Quem comprou um desses sedãs quase extintos literalmente representou metade das vendas do modelo no país inteiro.
No ranking da derrocada, o SUV Atlas se saiu “menos pior”, com retração de 5,8%. O Atlas Cross Sport teve uma queda mais brusca de 18,3%. Mas o grande tombo veio do ID.4, carro-chefe da marca no segmento dos elétricos, cujas vendas despencaram 65%.
Enquanto marcas como BMW e Mercedes disputam o topo do mercado premium, a Volkswagen atua no segmento intermediário, tradicionalmente com foco em bom custo-benefício.
Mas a concorrência no andar de baixo do mercado está cada vez mais feroz. Montadoras coreanas como Hyundai e Kia bateram recordes de vendas no primeiro semestre deste ano, e isso pode estar afetando diretamente os números da VW.
Apesar das dificuldades, a marca não deixa de apostar em novas frentes.
A empresa está iniciando a distribuição do ID. Buzz AD, uma versão autônoma de nível 4 do furgão elétrico, voltada para frotas corporativas. O modelo começará a operar na Alemanha ainda este ano e deve chegar aos EUA em 2026.
Se o futuro realmente passa por veículos sem motorista, a Volkswagen quer estar entre os protagonistas. Por ora, porém, a montadora precisa encarar uma dura realidade no presente.
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