Xiaomi atualiza software do SU7 Ultra, que remove 650 cv de potência, até que o dono prove que é capacitado para o pilotar

xiaomi su7 ultra (1)
xiaomi su7 ultra (1)

Atualizar o sistema de um carro elétrico e acabar perdendo mais de 650 cavalos de potência?

Foi exatamente isso que aconteceu com os donos do Xiaomi SU7 Ultra, o novo superesportivo elétrico chinês que conquistou o público com desempenho de hipercarro e preço de sedã premium.

Só que, depois de uma atualização de software, o sonho virou frustração.

O SU7 Ultra é o modelo mais potente da linha SU7 da Xiaomi, equipada com três motores elétricos que juntos entregam insanos 1.526 cv.

xiaomi su7 ultra amarelo
xiaomi su7 ultra amarelo

Com esse conjunto, ele é capaz de deixar para trás até o Porsche Taycan Turbo GT em algumas pistas.

Mas tudo isso mudou com a atualização para o sistema 1.7.0, que reduziu drasticamente a potência máxima para cerca de 888 cv — uma perda de mais de 40% do desempenho total.

Segundo a Xiaomi, a intenção era garantir mais segurança. A empresa alegou que toda a potência do carro só deveria estar disponível para motoristas capacitados, em ambiente de pista.

Por isso, criou um sistema chamado “Qualifying Mode”, que exigia que o dono do carro fizesse uma volta rápida em um autódromo aprovado pela Xiaomi para liberar toda a cavalaria novamente.

xiaomi su7 ultra (2)
xiaomi su7 ultra (2)

Além disso, o modo de controle de largada (launch control), que permite ao carro fazer o 0 a 100 km/h em apenas 1,89 segundo, passou a ter um delay obrigatório de 60 segundos, o que na prática inviabiliza seu uso em arrancadas improvisadas, como em um semáforo.

A reação dos proprietários foi imediata e barulhenta .

Muitos deles recorreram às redes sociais e fóruns online para criticar a Xiaomi. A principal reclamação foi de que o carro estava sendo artificialmente limitado, oferecendo bem menos do que havia sido prometido no momento da compra.

Diante da repercussão negativa, a Xiaomi voltou atrás.

xiaomi su7 ultra (3)
xiaomi su7 ultra (3)

Anunciou que as restrições de potência seriam removidas e se comprometeu a ser mais transparente nas futuras atualizações. Em nota, a empresa disse que “valoriza o feedback apaixonado da comunidade e que vai garantir mais clareza daqui para frente”.

A questão que fica é: foi certo da parte da Xiaomi restringir o uso de toda a potência em nome da segurança?

Ou foi um erro grave alterar unilateralmente a performance de um carro já vendido e entregue, sem aviso prévio nem opção de escolha?

Para os donos do SU7 Ultra, o recado foi claro — eles querem os 1.526 cavalos de volta, sem exigência de teste de piloto profissional.

Afinal, quando se compra um carro anunciado como monstro das pistas, ninguém quer dirigir uma fera amansada por um update.


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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.