
A Xiaomi parece ter entrado de vez no campo de batalha da indústria automotiva — e não apenas com seus novos veículos elétricos.
A empresa chinesa, que vem ganhando terreno no setor com modelos como o SU7, denunciou uma campanha massiva de difamação orquestrada por um grupo criminoso que teria criado e manipulado cerca de 10 mil contas falsas em redes sociais.
A revelação veio através de um comunicado oficial publicado pela equipe jurídica da Xiaomi em sua rede social.
Segundo a marca, trata-se de uma nova forma de “crime cibernético organizado”, com uso de softwares de copywriting automático para gerar conteúdo falso em escala industrial, espalhando boatos e ataques sistemáticos contra seus veículos e tecnologias.
A campanha teria começado em dezembro de 2024, pouco antes da Xiaomi anunciar oficialmente o SUV elétrico YU7 e seu primeiro chipset automotivo próprio, o Xring 01.
A marca afirma que o grupo criminoso trabalhou para gerar oposição artificial contra seus modelos, promover desinformação técnica, e até estimular conflitos com marcas rivais — tudo para minar a credibilidade da Xiaomi no setor automotivo.
De acordo com reportagens da mídia chinesa como o Car News China, a Polícia da China já está investigando o caso, tratando o esquema como parte de uma estratégia mais ampla de manipulação digital.
A Xiaomi reforça que o impacto foi significativo, atingindo não apenas sua imagem institucional, mas também o ecossistema digital do país.
A situação é simbólica do novo cenário do setor automotivo, onde tecnologia, mobilidade e redes sociais estão cada vez mais entrelaçadas.
Com bilhões de dólares em jogo, a chegada de um player disruptivo como a Xiaomi ao mercado de EVs claramente incomoda os gigantes tradicionais — a ponto de, ao que tudo indica, provocar reações subterrâneas e agressivas.
Vale lembrar que a marca já passou por outras polêmicas recentes: o SU7 Ultra teve sua potência drasticamente reduzida após uma atualização de software, e o capô aerodinâmico de US$ 6.000 vendido como upgrade se revelou puro enfeite, com entradas de ar meramente decorativas.
Mesmo assim, o SU7 já superou o Tesla Model 3 em vendas na China — uma façanha que ajuda a explicar por que alguns oponentes podem estar dispostos a tudo para derrubar a marca.
Como a própria Xiaomi declarou, o ataque coordenado revela que a marca incomoda — e muito. Em uma analogia mitológica, a empresa comparou a situação à história de Helena de Tróia, dizendo que está sendo tratada como a “marca que lançou 10 mil contas”.
O sinal é claro: o setor automotivo está em guerra, e a Xiaomi já está no epicentro dela.
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