A Xpeng, marca de carros elétricos chinesa que se destacou principalmente na Bolsa de Nova Iorque, foi o primeiro fabricante do país asiático a se manifestar sobre a sobretaxa imposta pelo governo Biden aos carros elétricos “made in China”.
Brian Gu, copresidente da Xpeng, disse: “Isso resultará em custos mais elevados. Isso não tem impacto na Xpeng Motors no momento, mas para um mercado tão grande como um todo, espero que no futuro ele possa se tornar mais aberto, permitindo que produtos globais entrem e concorram”.
Ofuscada em sua ascensão pelas medidas da União Europeia sobre a investigação de suspeita de subsídios ilegais de Pequim, a Xpeng agora tem que lidar com uma sobretaxa de 100% que atralha, sem dúvidas, seus planos.
Ainda que a Xpeng siga a BYD em minimizar a situação, a medida do governo americano é, pelo menos para a primeira, preocupante, uma vez que ela foi bem recebida nos EUA quando decidiu abrir seu capital na bolsa.
Gu comentou: “Qual é a flexibilidade ou espaço para margens que podemos ter para fazer face às mudanças nas tarifas de outros regimes”. Na visão do executivo, se a União Europeia impor também tarifas mais altas para os chineses, a única saída será transferir a produção da China para esta região.
Faria o mesmo movimento para os EUA? A Xpeng não falou sobre isso, mas seria uma possibilidade. Diante de um investimento em território americano, o governo de Washington não poderia impor sanções aos fabricantes chineses.
Estes, por sua vez, seguiriam os passos que os japoneses deram no passado, ao construir várias plantas nos EUA. Se conseguirem fechar a conta, marcas como BYD, Xpeng, Xiaomi ou NIO, por exemplo, provocariam um rebuliço no mercado americano.
A ideia de carros mais tecnológicos e elétricos poderia iniciar uma nova onda de eletrificação que possivelmente as Big Three não conseguiriam sustentar novamente.
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