
Um dos superesportivos mais exclusivos do planeta, o Bugatti Chiron Pur Sport, virou notícia pelos piores motivos.
Um exemplar da edição limitada, com apenas 60 unidades produzidas no mundo, foi parar em um ferro-velho nos Estados Unidos após uma colisão com um minúsculo caminhão japonês.
O estrago financeiro é tão grande quanto o absurdo da situação: só os faróis custam mais do que um Lamborghini usado.
O responsável por divulgar o caso foi o youtuber britânico Mat Armstrong, conhecido mundialmente por restaurar carros destruídos — e transformar o impossível em conteúdo.
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O influenciador embarcou até Miami, na Flórida, para avaliar de perto o Bugatti acidentado e cogitar a compra do veículo para mais um de seus projetos ousados.
Mas a visita rapidamente se transformou em um choque de realidade.
O carro em questão pertencia ao criador de conteúdo Alex G, que colidiu a traseira do Pur Sport contra um mini caminhão de origem japonesa, avaliado em cerca de 10 mil dólares.
O Bugatti, por sua vez, foi adquirido zero quilômetro por cerca de US$ 3,6 milhões, cerca de R$ 20 milhões, mas já valorizou significativamente por conta da raridade.

Armstrong logo notou que o monocoque de fibra de carbono — estrutura que serve como “esqueleto” do carro — havia sofrido danos consideráveis, o que comprometeria qualquer tentativa de reparo segundo as regras da própria Bugatti.
Mesmo assim, o youtuber decidiu levantar os preços das peças para entender se o projeto era financeiramente viável. E os valores são surreais.
De acordo com fontes no Reino Unido, os dois faróis custam cerca de €150 mil cada, o equivalente a R$ 950 mil no câmbio atual.
Os para-lamas de fibra de carbono estão na mesma faixa de preço, enquanto o capô dianteiro, dividido em seções, tem uma peça orçada em €50 mil (R$ 315 mil).
Já o aro da grade frontal em formato de ferradura custa mais €80 mil (R$ 500 mil). E isso sem contar as centenas de pequenos componentes, acabamentos internos e sistemas de segurança que também foram comprometidos.
Mesmo acostumado a lidar com supercarros em estado crítico, Armstrong admitiu que esse Bugatti representa um desafio inédito.
O problema não é apenas o custo. A Bugatti já avaliou o veículo e decidiu que ele está tecnicamente “perdido”.
Como o carro foi oficialmente sinistrado pela seguradora, a montadora francesa não irá vender nenhuma peça de reposição para terceiros.
Em outras palavras: só a fábrica tem autorização para restaurá-lo — e, neste caso, optou por não fazer isso.
Com isso, o Pur Sport vai ser leiloado pela plataforma Copart, especializada em veículos sinistrados, e só poderá ser arrematado por alguém disposto a ignorar as regras da Bugatti — ou transformá-lo em uma peça de exposição.
Armstrong deixou a decisão nas mãos dos seus seguidores, mas os comentários foram quase unânimes: “Deixa pra lá, dessa vez não vale o risco”.
Para piorar, o proprietário original continua pagando parcelas de financiamento de US$ 70 mil por mês — isso mesmo, quase R$ 450 mil mensais por um carro que está destruído e fora de circulação.
A situação levanta questionamentos sobre os limites do culto aos supercarros e os riscos que acompanham tamanha exclusividade.
No fim das contas, o episódio virou uma verdadeira aula de realidade sobre o universo dos hipercarros: exclusivo, caríssimo e, às vezes, cruel até com quem pode pagar por ele.
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