Em meio à queda nas vendas de carros elétricos, a Volkswagen pretende reduzir os custos de produção na Europa e para isso, encerrará a produção de automóveis em Dresden, na famosa “fábrica de vidro”.
Considerada um conceito de fábrica, a unidade é chamada oficialmente de “Glaeserne Manufaktur”, que em alemão significa fábrica transparente.
Com 6.500 unidades do ID.3 fabricadas no ano passado, a planta de Dresden acumula custos de entre 60 milhões e 70 milhões de euros anualmente, mas com o fim da produção do ID.3, a VW espera cortar 20 milhões de euros.
A fábrica transparente, criada para que os clientes do Volkswagen Phaeton pudessem ver seus carros sendo montados, é considerada uma obra-prima da engenharia alemã e é constantemente visitada por turistas.
Nela também acontecem eventos, cerimônias, concertos e óperas, tendo um processo produtivo parcial em relação às outras fábricas da VW, pois não tem estamparia, armação de carroceria (soldagem) e nem área de pintura.
Assim, feita apenas para montagem final, a unidade de Dresden é extremamente limpa e passa longe das barulhentas plantas convencionais, empregando apenas 300 funcionários, que terão suas atividades transferidas para outras áreas.
A Volkswagen não comentou a informação sobre Dresden, mas o impacto do encerramento do ID.3 na unidade não mudará o cenário do mercado de carros elétricos para a VW, que já reduzirá a produção em Zwickau.
Nesse caso, o motivo é a baixa demanda do mercado, que está sendo inundado por carros elétricos mais baratos vindos da China.
Oliver Blume quer, no entanto, aumentar as margens de lucro da Volkswagen para 6,5% com aumento do capital para US$ 10, 7 bilhões anualmente.
Com isso, os cortes se farão para reduzir as despesas e racionalizar a fabricação de veículos.
A forte concorrência na Europa, somada à queda no poder de compra do europeu e com taxa de juros crescente, os consumidores deram uma pausa nas compras.
[Fonte: ANE]
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