Avaliação: Por R$ 314 mil, Commander Overland 2.2 é o último modelo diesel da Jeep no Brasil, será que vale a pena?

jeep commander diesel 22 avaliação na (1)
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O Jeep Commander segue como topo de linha da gama nacional da marca americana e está sofrendo pressão, mas não exatamente de outros concorrentes. O motivo é a queda pela venda de diesel, mas mesmo assim, ganhou um novo motor 2.2 litros.

Com somente uma única versão, a Overland, se você ainda quer um SUV confortável, econômico e potente, que leva ainda sete pessoas, então ele é agora quase um achado…

Na linha 2026, o Commander trocou o antigo Multijet 2.0 pelo 2.2, com 200 cavalos, tendo bons resultados que você verá abaixo. Com foco no premium, o SUV familiar da Jeep segue bonito.

Custando R$ 314.490, o último diesel do Commander e também da Jeep, ele reúne excelente conteúdo, acabamento bom e pacote de segurança idem, exceto por um detalhe. Vale a pena?

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Conforto estiloso

Tendo um belo visual, o Jeep Commander Overland nem é a versão topo de linha, mas apresenta bons detalhes no acabamento exterior, destacando-se os faróis full LED escurecidos.

Também aposta em detalhes metalizados e pintura em dois tons, com frisos vistosos e grupo ótico traseiro igualmente escurecido. As rodas diamantadas aro 19 com pneus 235/50 R19 ajudam na proposta.

Dentro, o ambiente tem acabamento em Suede e couro, com painel bem resolvido com cluster digital e multimídia com tela de 10,1 polegadas. O teto solar panorâmico contribui para um ambiente premium.

jeep commander diesel 22 avaliação na (7)
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No cluster de 10,25 polegadas, nossa opinião sobre os mostradores pequenos, quando com o computador de bordo apresentado, poderia ser revisto e não somente no Commander…

Com ar condicionado dual zone, sistema de som Harman Kardon de 450 watts e saídas de ventilação atrás, esse Jeep cuida bem dos ocupantes. Bom, talvez nem tanto na terceira fileira, indicada mais para crianças e adultos bem baixos.

O reclinar da segunda fileira é um pouco positivo, enquanto a profusão de entradas USB, mais o carregamento indutivo, não deixam seu aparelho móvel morrer em viagens longas usando Waze.

Ele tem GPS nativo, Wi-Fi e serviços remotos, mas em navegação, não supera os apps do Android Auto. Feito para pegar a estrada, tem bons porta-copos, mas pouco porta-trecos.

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O porta-malas de 223 litros com sete assentos postos sobe para ótimos 661 litros com cinco, tendo a tampa traseira automática e cobertura interna removível para bagagem.

Maior e melhor

É com muita tristeza que anunciamos ser este, talvez o nosso último carro avaliado da Jeep movido a diesel… Sim, se não houver mudanças como um facelift no SUV com este motor, então este será o último.

Para quem aprecia diesel, então, isto serve de alerta e, se for para sair de cena, o Jeep Commander Diesel sairá por cima, já que este novo Multijet 2.2 litros vem provando ser melhor que o anterior.

No Commander ele não difere, dando ao SUV de sete assentos mais disposição com seus 2.184 cm³ entregando 200 cavalos a 3.500 rpm e 45,9 kgfm a 1.500 rpm.

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Sempre com o ZF 9HP de nove marchas e tração permanente nas quatro rodas, sem opção de manter apenas na frente, variando conforme a necessidade, o Commander 2.2 anda bem.

Seu novo motor, 30 cavalos mais forte e com 7,6 kgfm extras, garante boas respostas em retomadas, saídas e ultrapassagens, transmitindo sempre aquela segurança que se espera de um diesel.

Mais ágil, sem gritar com giros altos, o Multijet 2.2 responde prontamente ao ser solicitado e deixa a condução mais gostosa, ainda que consideremos o Multijet 2.0 também bom, mesmo com seus 170 cavalos e 38,3 kgfm.

Todavia, este adiciona algo mais além de boas respostas, indo de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e com final de 205 km/h. Ele tem um bom consumo, fato já constatado por nós tanto na Ram Rampage 2.2 quanto na Fiat Toro 2.2.

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Na cidade, fizemos média de 10,8 km/l, enquanto na estrada, a 80 km/h, ele mancou 20,3 km/l, 18,3 km/l a 100 km/h e 18,1 km/h a 120 km/h. Interessante é que o consumo ficou em 17,5 km/l a 110 km/h. Motivo? Explicamos.

O Multijet 2.2 litros funciona a 1.500 rpm em oitava e nona marchas, quando entram a 100 e 120 km/h. Nesse regime, o consumo é melhor, mas se subir para 110 km/h, o giro vai para 1.800 rpm em oitava.

Daí a diferença entre andar no meio dessas velocidades ao querer uma boa autonomia na estrada. Em subidas de aclives suaves, ele nem muda de marcha, mas reduz em elevações maiores, algo entre sétima e oitava.

Com vigor, supera qualquer aclive, sempre com boa disposição, produzindo um ronco forte, que corresponde ao percebido em ganho de desempenho.

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A direção elétrica é confortável, assim como os freios. Já a suspensão foca mais na firmeza, mas sem deixar o ambiente duro como um esportivo, garantindo conforto no dia a dia.

Alta, passa longe de lombadas ou depressões de calhas de água, se comportando bem em estradas de terra com seus modos auxiliares para este e outros casos.

Tendo boa dirigibilidade, garante prazer ao dirigir, mas somente fica a ressalva quando ao pacote ADAS que tem assistente de manutenção de faixa, porém, o mesmo não é tão preciso, “ordenhando vaca” nas correções de direção e oscilando muito dentro da faixa.

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O Honda Sensing a partir do City, por exemplo, que parte de R$ 133 mil, é bem mais eficiente nesse aspecto. O SUV da Jeep também poderia ter monitoramento em 360 graus, muito útil em manobras apertadas, embora tenha estacionamento automático.

Já o controle de cruzeiro adaptativo e o comutador automático de farol alto atuam muito bem. Com família dentro e porta-malas cheio, o Commander 2.2 tem um bom desempenho em viagem.

Preço de casamento

É… O último automóvel diesel da Jeep não é para ser ignorado. Custando R$ 314.490, é o preço a pagar pela quase exclusividade que pode não durar muito. Mas, o Commander 2.2 não decepciona por ser a última bolacha do pacote.

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De fato, ele não se acha, não propõe nada além do esperado, embora surpreenda mais com um motor maior e mais potente, que deveria em teoria ser mais gastão.

Com praticamente quase tudo o que se pode esperar em um SUV de sua proposta, salvo alguns detalhes, ele entrega um bom pacote. Já no mercado, não há para onde correr atrás de diesel.

Daí a escada sobe para os SUVs de chassi de longarinas, que partem de R$ 355 mil, embora a média fique acima dos R$ 400 mil. Então, o preço do Commander 2.2 é o de um casamento para quem aprecia um carro diesel.

Sendo assim, o Jeep Commander Overland Diesel 2.2 é, sim, a última bolacha do pacote e o bom é que ainda se pode degustar dela.

Até quando não sabemos, mas com o “Carro Sustentável” por perto, melhor não demorar. E vale? Por ora, sim, se o preço não aumentar…

Jeep Commander Diesel 2.2 2026 – Galeria de fotos



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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X