Banco HSBC avisa para não se acreditar no hype dos robotáxis

waymo taxi destruido
waymo taxi destruido

Enquanto empresas como Tesla e Waymo tentam empurrar ao mercado a promessa de frotas de robotáxis que geram dinheiro 24 horas por dia, sete dias por semana, o banco britânico HSBC resolveu jogar um balde de água fria na empolgação dos investidores.

Em novo relatório, a instituição avalia que pode levar até oito anos para que os serviços de táxis autônomos consigam alcançar o ponto de equilíbrio financeiro.

E o motivo é simples: os custos operacionais são bem maiores do que muitos imaginam.

De acordo com os analistas do HSBC , há uma visão distorcida sobre o potencial desses serviços, focada demais na economia obtida com a ausência de motoristas humanos e ignorando gastos significativos com recarga, limpeza, estacionamento e manutenção dos veículos.

São tarefas básicas, mas que precisam ser feitas com frequência em qualquer frota — e que, no modelo atual, eram majoritariamente absorvidas por motoristas terceirizados ou parceiros, como no caso de Uber e Lyft.

tesla robotaxi (1)
tesla robotaxi (1)

A ideia de Elon Musk era brilhante no papel: vender carros para os clientes e, ao mesmo tempo, fazer com que esses mesmos carros gerassem receita para a Tesla quando usados como robotáxis.

No entanto, o plano original de transformar qualquer carro da marca em um robotáxi alugado acabou sendo engavetado. Em vez disso, a empresa iniciou em Austin (EUA) um serviço com uma frota própria de Model Y operada diretamente pela Tesla.

Resultado? Custos altos, escalabilidade questionável e problemas desde o primeiro dia de operação.

Já o Waymo, do grupo Alphabet (Google), avança com mais cautela, testando veículos em cidades como Filadélfia e Nova York, enquanto evita manchetes negativas.

tesla robotaxi primeira fase (2)
tesla robotaxi primeira fase (2)

Em contrapartida, a Tesla já foi alvo de investigação federal nos EUA após relatos de que seus carros autônomos violaram leis de trânsito logo nas primeiras horas de operação.

Embora o futuro dos robotáxis continue sendo uma corrida tecnológica fascinante, o presente mostra que transformar essa visão em lucro vai exigir muito mais do que eliminar motoristas do processo.



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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.