
A BMW acaba de registrar uma patente que promete mudar a forma como pensamos sobre conforto e segurança nos bancos dos carros — especialmente no que diz respeito à proteção do pescoço.
A ideia pode parecer simples à primeira vista: instalar um suporte ajustável na região entre o encosto do banco e o apoio de cabeça.
Mas o objetivo é ambicioso: oferecer mais conforto e reduzir significativamente o risco de lesões cervicais em caso de colisão traseira.
Esse tipo de suporte preencheria o espaço normalmente vazio entre as costas e a cabeça do ocupante, uma área que, segundo a própria BMW, ainda carece de proteção eficaz mesmo nos veículos mais modernos.
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O novo componente é projetado para se mover em várias direções — para cima, para baixo, para dentro e para fora — adaptando-se a diferentes biotipos e posturas, algo essencial em uma era em que passamos horas com o corpo desalinhado em frente a telas.
Além do foco ergonômico, o suporte também incorpora um mecanismo de proteção contra sobrecarga.
Em caso de impacto traseiro, ele desacelera gradualmente o movimento da cabeça e do pescoço, reduzindo as forças que atingem músculos, nervos e vértebras.
O sistema ainda seria reutilizável após uma colisão de menor intensidade, evitando a substituição completa do banco.
Embora pareça novidade, outras marcas já exploraram soluções semelhantes.
A Volvo, por exemplo, foi pioneira ao introduzir o sistema Whiplash Protection em 1998, focado justamente em mitigar o chamado “efeito chicote” em batidas traseiras.
A Honda também chegou a usar encostos de cabeça ativos em alguns modelos, como o Civic dos anos 2000, que se moviam automaticamente durante uma colisão para apoiar melhor a cabeça do ocupante.
O que diferencia a proposta da BMW é a atenção ao conforto preventivo — um componente pensado não apenas para o momento do acidente, mas para proteger o pescoço mesmo nas longas horas ao volante.
Além disso, a integração com bancos esportivos e sistemas ativos já presentes nos modelos da marca abre espaço para soluções ainda mais refinadas.
Com seus bancos cada vez mais complexos — incluindo ajustes elétricos, ventilação, aquecimento e apoios infláveis — a BMW agora aposta em um suporte específico para a área cervical como próximo passo na evolução dos assentos automotivos.
Ainda não se sabe quando (ou se) o sistema chegará à produção em série.
Mas com a busca crescente por ergonomia e segurança, não seria surpresa vê-lo em breve em modelos de luxo ou versões M mais sofisticadas.
Afinal, proteger o pescoço pode ser mais importante do que oferecer apenas um banco bonito ou esportivo.
E, como a própria BMW sugere, talvez finalmente seja hora de levar a sério o espaço entre sua cabeça e suas costas.
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