Infelizmente o Brasil sofre com dois males instalados em ruas, avenidas e estradas do país, as lombadas que, acompanhadas das valetas, geram desconforto e prejuízo para donos de automóveis.
Se esses dois redutores de velocidades, muitos deles fora de padrão, já aterrorizam a vida de motoristas e ajudam na venda de carros altos, como SUVs e picapes, por exemplo, no caso dos carros elétricos, se torna uma verdade história de terror.
Em cada lombada alta e curta, totalmente fora de padrão, o dono de um carro elétrico passará por momentos tensos, especialmente se o carro estiver carregado, seja com pessoas ou com bagagem.
Todo mundo “sente” quando seu carro bate o fundo na temível lombada, mas no caso de carros elétricos (ou compactos da Honda por conta do tanque), o impacto pode levar a prejuízos enormes.
No caso dos carros elétricos, danos na bateria, que fica sob o assoalho, pode chegar a valores astronômicos, quase milionários. Como o caso de um BMW iX xDrive50 Sport, que sofreu danos na célula de energia, conforme relatado no site UOL.
Com preço de R$ 889.950 zero km, o conserto da bateria teve um orçamento de R$ 908.621. Caro? Sim, mas não se sabe qual foi a origem do dano, porém, em 2022, o dono de um Fiat 500e raspou o fundo de seu carro e danificou a bateria. O orçamento ficou em R$ 240 mil para um carro que custava R$ 214.990 na época.
Cleber Willian Gomes, professor de Engenharia Mecânica da FEI, comentou que “de modo geral, a condição das estradas e vias públicas no Brasil exige que a altura entre o pavimento e o veículo seja maior do que em outras regiões, em função de buracos, valetas e lombadas”.
A questão da altura dos carros é notória na Volkswagen que, por exemplo, alegou na época do lançamento do Polo GTS, o motivo pelo qual o esportivo não tinha suspensão rebaixada em relação às demais versões.
Fugir das lombadas altas é um dos motivos pelos quais muitos optam pela compra de SUVs, cuja altura livre do solo é geralmente mais elevada.
Sobre os carros elétricos, mesmo que a bateria não seja danificada, a suspensão sofrerá com o tempo, uma vez que foi projetada para suportar um peso muito maior que o normal, com o esforço para passar sobre as lombadas, gerando sobrecarga.
Por ora, dirigir carro elétrico com suspensão mais baixa exige a mesma atenção de donos de superesportivos, pois, nunca se sabe qual o tamanho da “muralha” presente no caminho…
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