Chevrolet Blazer (1995-2011): Linha do tempo do modelo

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Nome de um item do vestuário masculino e também feminino, ele acabou ficando famoso no mundo automotivo ao designar um tipo de produto da General Motors que começou a carreira ainda nos anos 60.

Sua história mundial começou a partir dos anos 90, especialmente no Brasil, onde desembarcou em meados daquela década como Chevrolet Blazer.

Apesar de começar sua história nos EUA, a Chevrolet Blazer sem dúvida fez história no Brasil, onde foi completamente nacionalizada e trouxe ao consumidor brasileiro o SUV.

O SUV era um tipo de veículo que havia surgido recentemente nos EUA e que dava aos compradores um carro mais compacto, igualmente feito em chassi de longarinas e com boas capacidades no fora de estrada.

Sucessora da Veraneio

Algumas unidades importadas da Chevrolet Blazer já circulavam pelo Brasil antes de 1995, trazidas de forma independente.

Mas diante da invasão de picapes e SUVs por meios oficiais, especialmente no caso da Ford Ranger, a GM decidiu que tinha de produzir tanto a Chevrolet Blazer quanto a picape S10 por aqui.

O local escolhido não poderia ser outro: São José dos Campos, no vale do Paraíba paulista.

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Lá, na cidade paulista famosa pelo parque aeronáutico, a GMB tirou de linha a Veraneio e sua companheira Bonanza, ambas derivadas da picape D20 (C20 também), desenvolvida nos anos 80.

Assim, com a área liberada, a primeira a chegar foi a picape S10, lançada em março de 1995. Em dezembro, no entanto, foi a vez da Chevrolet Blazer.

A Chevrolet Blazer foi o primeiro SUV fabricado no país e inaugurou um segmento que dominou as vendas de utilitários esportivos nos anos seguintes.

Isso também marcou o fim dos modelos “full size”, pois a Grand Blazer (Tahoe) não teve o mesmo sucesso que a Veraneio e morreu em poucos anos.

Motor fraco do Omega 2.2

A Chevrolet Blazer chegou em dezembro de 1995 com a mesma oferta de propulsor da S10, ou seja, um motor Família II da GM 2.2 OHC com 8 válvulas e injeção eletrônica monoponto.

Com quatro cilindros, o motor entregava 106 cavalos, a 4.800 rpm e 19,2 kgfm a 2.800 rpm, tendo 10 cavalos a menos que o Omega 2.2 da época, que também tinha a unidade montada em longitudinal.

Com esse conjunto, a Chevrolet Blazer 2.2 ia de 0 a 100 km/h em altos 18,2 segundos e com máxima de apenas 150 km/h. Abastecida apenas com gasolina, ela não passava de 6,8 km/l em cidade e 9,5 km/l na estrada.

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O motor Vortec V6 e a versão Executive

A General Motors já sabia desde o começo que o motor 2.2 de apenas 106 cavalos não seria suficiente nem para a Chevrolet Blazer e muito menos para a picape S10.

Por isso, pouco depois da chegada do SUV, a empresa colocou nas ruas um novo propulsor, esse sim muito mais empolgante e potente. Seu próprio nome evoca uma imagem de força e poder, sendo chamado de Vortec.

Até hoje na gama de motores da GM nos EUA, o Vortec era um V6 4.3 litros com injeção monoponto, que chegou primeiro na Chevrolet Blazer, proporcionando um desempenho condizente com o esperado.

Com 180 cavalos em 4.200 rpm e 34,7 kgfm a 2.600 rpm, o motor era importado da matriz americana, sendo tão forte que a montadora limitou a velocidade final em 180 km/h, por questões de estabilidade.

A aceleração se dava em 10,8 segundos e tinha consumo de 6,9 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada. Porém, um novo tanque foi instalado e este tinha 72 litros.

Em 1997, a Chevrolet Blazer ganhou a versão de luxo Executive, que vendeu muitas unidades na cor verde. Com alguns elementos da DLX, ela chama atenção pelos detalhes dourados, especialmente nas rodas.

Assim como a anterior, tinha barras longitudinais no teto. Também tinha bancos em couro e opção de piloto automático, um conforto para quem pegava estrada com frequência.

A Chevrolet Blazer Executive também oferecia couro nas portas, banco do motorista com ajuste elétrico, lanternas fumê e detalhes imitando madeira. Pouco tempo depois ganhou a opção de transmissão automática, que completava parcialmente sua proposta.

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Blazer 4×4

Agora que havia recebido um V6 4.3 poderoso e uma caixa automática, a Chevrolet Blazer podia ter sua tração 4×4, que chegou em 1998 com sistema de redução e transferência totalmente eletrônicos, feitos por meio de um botão.

Com câmbio manual de cinco marchas, essa opção ia de 0 a 100 km/h em 11 segundos e tinha consumo de 6,8 km/l em percurso urbano e 10,0 km/l na estrada.

O sistema 4×4 da Chevrolet Blazer era o segundo da GMB após o fracasso do dispositivo empregado na antiga D20. Agora, o novo equipamento não trazia mais as quebras do sistema anterior.

Nesse mesmo ano de 1998, a Chevrolet introduzia o sistema de injeção multiponto “MPFI” no 2.2 das versões STD e DLX, que passaram a entregar 113 cv a 4.800 rpm e os mesmos 19,2 kgfm anteriores, mas agora em 2.500 rpm.

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Chevrolet Blazer diesel

Em 2000, a Chevrolet Blazer recebeu sua penúltima opção de motorização, mesmo não tendo chegado à metade de sua vida comercial no Brasil.

Como já dissemos, o SUV já tinha todos os itens pensados para um SUV da época, mas faltava o motor diesel, que chegou na forma do nacional MWM 4.07 TCA Sprint, um propulsor de quatro cilindros com sistema Common Rail.

Equipado com turbocompressor e intercooler, o motor da Chevrolet Blazer diesel era um 2.8 litros que entregava bons 132 cv a 3.600 rpm e os mesmos 34,7 kgfm do Vortec 4.3 a gasolina, mas oferecidos a 1.800 rpm.

Porém, apesar da força extra em baixas rotações, seu consumo com diesel era de apenas 7 km/l em percurso urbano e 10,4 km/l na estrada, resultados pouco melhores que os da versão V6 a gasolina.

Primeiro facelift, em 2001

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Em 2001, a GMB promoveu o primeiro facelift da Chevrolet Blazer – junto com a S10 – introduzindo um capô com frente mais larga, assim como a grade amplificada, faróis mais compactos com indicadores de direção integrados e em posição inferior. A mudança acrescentou cerca de 10 cm ao comprimento da Blazer.

Por dentro, a Chevrolet Blazer 2001 recebeu modificações no painel.

Agora o estilo ficou mais “arredondado” na instrumentação, assim como no volante de quatro raios, difusores de ar e alguns comandos, além de oferecer airbag para o passageiro dianteiro. Foram mudados também os comandos do ar-condicionado, que passou a ter estilo padrão dos automóveis.

Na mecânica, a Chevrolet Blazer perdeu o motor 2.2 MPFI para a entrada do 2.4 MPFI, que ampliou a potência para 128 cavalos, a 4.800 rpm, e o torque para 21,9 kgfm, a 2.600 rpm.

Essa versão ia de 0 a 100 km/h em 13 segundos e tinha máxima de 155 km/h, mas fazia 6,7 km/l no ciclo urbano e 9,3 km/l no rodoviário.

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Em 2002, o motor V6 4.3 Vortec ganhou injeção multiponto e teve a força ampliada para 192 cavalos a 4.400 rpm e 35 kgfm a 3.200 rpm, mas estranhamente a versão automática era mais lenta que a anterior, fazendo de 0 a 100 km/h em 13,6 segundos.

Isso ocorria em virtude de um ajuste que tornou o modelo mais longo, fazendo com que a máxima alcançasse 190 km/h e o consumo no diesel chegasse a 12,6 km/l na estrada, apesar dos 5,2 km/l dentro da cidade.

No ano seguinte, surgiu uma versão da Chevrolet Blazer chamada DTi com motor diesel e tração traseira, enquanto as rodas passaram a ser aro 16 polegadas, ganhando ainda mudanças na suspensão dianteira e no banco traseiro, que teve o encosto reajustado em ângulo.

Em 2004, a Blazer perde o motor V6 4.3 Vortec. No ano seguinte, chega a versão Advantage, já indicando que o modelo precisava de artifícios para se manter bem nas vendas.

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Diesel mais potente em 2005

Além da Advantage, a linha 2005 da Chevrolet Blazer trouxe mais uma mudança visual, desta vez incorporando uma nova grade com barra reforçada na horizontal e um aspecto mais sóbrio. A nomenclatura ganhou visual diferenciado.

Outra mudança foi no motor diesel MWM 4.07 TCA, que agora incorporava sistema de injeção Common Rail e três válvulas por cilindro.

Dessa forma, ele entregava 140 cavalos a 3.500 rpm e os mesmos 34,7 kgfm a 1.800 rpm, mas com melhora no consumo geral: 7,0/12,0 km/l, respectivamente cidade/estrada. Ia a 100 km/h em 13,2 segundos e alcançava 173 km/h.

Em 2007, o velho 2.4 MPFI virou FlexPower e fornecia 141 cavalos na gasolina e 147 cavalos no etanol, ambos a 5.200 rpm.

Igual também era o torque, de 21,9 kgfm a 2.800 rpm. Mas isso não significa bom consumo, pois ela fazia 5/6 km/l em cidade/estrada com etanol e 7/8,5 km/l com gasolina. Porém, acelerava a 100 km/h em 11,9 segundos, embora com máxima de 150 km/h.

Segundo facelift da Blazer em 2008, e o fim em 2011

Em 2008, o tempo cobrava a Chevrolet Blazer, que recebeu uma nova grade com a gravata dourada destacada, assim como um capô com entrada de ar superior.

O para-choque ganhou aplique preto. Novas rodas de liga leve e o enorme nome “Blazer” na traseira fecharam sua atualização final. Em 2011, o SUV saiu de cena junto com a velha S10.

No final de 2012, para não deixar os clientes da marca na mão, chegou a luxuosa Trailblazer. Enquanto isso, lá fora o nome Blazer segue firme com uma nova geração.

gama completa

Modelos a gasolina:

  • Blazer STD 2.2 (1996 a 2000)
  • Blazer DLX 2.2 (1996 a 1999)
  • Blazer DLX 4.3 V6 (1996 a 2001 e 2004)
  • Blazer Executive 4.3 V6 (1997 a 2004)
  • Blazer 4.3 V6 (1998 a 2004)
  • Blazer 2.4 (2001 a 2004)
  • Blazer Advantage 2.4 (2005 a 2011)
  • Blazer Colina 2.4 (2005 a 2009)
  • Blazer Tornado 2.4 (2005 a 2007)

Modelos Diesel:

  • Blazer DLX 2.5 (1996 a 2000)
  • Blazer STD 2.5 (1997 a 2000)
  • Blazer DLX 2.8 4×4 (2000 a 2005)
  • Blazer DTi 2.8 4×2 (2002)
  • Blazer Executive 2.8 4×4 (2004 a 2010)
  • Blazer Colina 2.8 4×4 (2005 a 2010)
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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X