Para um cliente da Criswell Acura, em Maryland (EUA), a empolgação com o novíssimo Acura ZDX 2024 virou frustração antes mesmo de o carro completar 650 km.
Com apenas 400 milhas rodadas (cerca de 643 km), o SUV elétrico deixou de carregar corretamente — um problema grave em qualquer EV.
Diante disso, a concessionária seguiu as orientações da Acura e encomendou um novo pacote de baterias. O carro, adquirido por US$ 69.207 e rapidamente repassado a um cliente, acabou voltando para a oficina — e não saiu mais de lá.
O problema se agravou: além de não carregar totalmente, o carro parou de carregar por completo e até as portas deixaram de funcionar.
A situação escalou a ponto de a concessionária abrir um processo contra a Honda (dona da marca Acura), alegando quebra de contrato e enriquecimento ilícito por parte da montadora.
Após a instalação da nova bateria, surgiram ainda mais dores de cabeça. Um sensor de roda traseira apresentou falha, e mesmo após sua substituição, códigos de erro continuaram surgindo.
A equipe técnica da Honda orientou a troca de um chicote elétrico — também sem sucesso.
Segundo documentos do processo, a Honda teria deixado de prestar o suporte técnico adequado, deixando o veículo encalhado há mais de oito meses na oficina da concessionária.
A Criswell Acura afirma que a falha pode ter sido causada por um defeito de fabricação, projeto ou até por danos anteriores à entrega do carro. Como resultado, o ZDX estaria “completamente inutilizável e irreparável”.
A concessionária agora quer que a Honda cubra o prejuízo total, incluindo o reembolso do valor pago no atacado, custos com licenciamento, registro e reparos, além da perda do lucro da venda.
Esse caso evidencia um desafio crescente enfrentado por concessionárias na era dos carros elétricos: lidar com falhas técnicas complexas que exigem suporte eficiente da fabricante.
Quando esse suporte não vem, mesmo um veículo de luxo com menos de 1.000 km rodados pode virar um “peso morto” no pátio — e um passivo milionário.
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