O caminho para eletrificação da General Motors parecia fácil com o investimento em 30 modelos elétricos, sendo 20 para a América do Norte e 10 para a China. Mas, a plataforma Ultium ainda carrega o legado do gigantismo americano.
Com seu menor carro medindo 4,83 m de comprimento, a Ultium não convenceu nem a Honda, que adicionou o Prologue e o Acura ZDX à lista de gigantões elétricos de Detroit. Obviamente a conta não fecharia com a proposta de um Bolt nesses termos.
Assim, a GM procura outro parceiro para fazer carros elétricos menores e, obviamente, mais baratos, embora ela tenha exatamente a fórmula para fazer isso e ainda causar grande impacto no mercado americano, mas politicamente não pode.
Com Baojun e Wuling se destacando na China, a GM não pode nem pensar em ter carros elétricos com tecnologia dessas marcas nos states. Seria como se Portugal ou Espanha não pudessem levar seu ouro das colônias americanas para a Europa.
Assim, sem seu “ouro chinês”, a GM se junta aos coreanos da Hyundai “para explorar futuras colaborações em áreas estratégicas importantes. Oficialmente, as duas empresas falam em “reduzir custos e levar uma gama maior de veículos e tecnologias aos clientes com mais rapidez”.
De fato, a GM abraçou o parceiro certo, uma vez que a E-GMP da Hyundai também não fica muito atrás da Ultium, tendo gerado linhas como Ioniq e EVX (da Kia) que não são exatamente baratos e possuem modelos grandes e caros.
A GM poderia ter feito isso com a Honda, mas esta não parece satisfeita em ampliar seu negócio com a gigante de Detroit após o Prologue, preferindo tirar lágrimas dos americanos ao investir US$ 15 bilhões no Canadá.
Mary Barra, CEO da GM, diz: “GM e Hyundai têm forças complementares e equipes talentosas. Nosso objetivo é desbloquear a escala e a criatividade de ambas as empresas para entregar veículos ainda mais competitivos aos clientes de forma mais rápida e eficiente”.
Euisun Chung, do Hyundai Motor Group, comenta: “Esta parceria permitirá que a Hyundai Motor e a GM avaliem oportunidades para aumentar a competitividade em mercados e segmentos de veículos importantes, bem como impulsionar eficiências de custos e fornecer maior valor ao cliente por meio de nossa experiência combinada e tecnologias inovadoras”.
Agora é esperar para ver se teremos carros elétricos realmente competitivos de Chevrolet e Hyundai por aqui.
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