Governo do Brasil quer nacionalizar carros elétricos com cotas

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O governo federal está interessado na nacionalização dos carros elétricos, segundo fontes em Brasília. Para isso, ele vai colocar um dos incentivos mais explorados no mercado automotivo, o imposto de importação zero.

O plano do governo envolve encerrar a importação de carros elétricos com isenção total de imposto em prol de cotas de baixo volume para os fabricantes, o que forçaria uma nacionalização desse tipo de veículo.

A intenção é permitir que a tecnologia continue sendo explorada no país antes de ser nacionalizada, de modo a criar demanda para futura produção local. Isso já está acontecendo com iniciativas mais sólidas de BYD e Stellantis, por exemplo.

Comenta-se que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deverá anunciar o fim da isenção de imposto para importação de carros elétricos ou híbridos nas próximas semanas. Além disso, em 1º de dezembro uma alíquota vigente será aplicada.

Acredita-se que o governo não colocará o limite de 35% de uma vez, sendo esse o percentual aceito pela OMC (Organização Mundial do Comércio), do qual o Brasil é signatário.

Um aumento gradual deverá ser aplicado para não impactar nos planos das montadoras, lembrando que algumas delas possuem planos para fabricação de carros híbridos HEV e PHEV no Brasil.

Nesse caso, é de grande interesse do governo federal e de alguns estados da Federação implantar a produção local de carros híbridos flex com etanol, o que poderia movimentar o setor do álcool no país.

Segundo a CNN, a Camex planeja alcançar o limite de 35% de imposto de importação para elétricos e híbridos em 2026, tempo suficiente para que os planos de nacionalização já estejam em vigor no setor automotivo.

Instituído em 2015, o imposto zero para carros elétricos surgiu num momento em que a tecnologia estava longe de ser popular, mas agora se vislumbra o Brasil como um produtor.

Desde então, o país deixou de arrecadar R$ 1,2 bilhão, segundo cálculos do governo. Por outro lado, o montante seria muito menor se a alíquota não estivesse zerada.

[Fonte: CNN ]

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X