
Uma disputa pública entre um influenciador automotivo e a fabricante sueca Koenigsegg colocou holofotes sobre atrasos de entrega e problemas de confiabilidade envolvendo alguns dos carros mais caros do planeta.
Steve Hamilton, responsável pela The Hamilton Collection, usou suas redes sociais para criticar duramente a marca, apontando atrasos no Jesko e falhas mecânicas constantes em seu Regera.
A resposta não veio de qualquer porta-voz da marca: o próprio Christian von Koenigsegg, fundador da empresa, gravou um vídeo pessoal tentando esclarecer os acontecimentos e defender sua reputação.
Segundo Hamilton, seu Jesko deveria ter sido entregue há mais de dois anos, apesar de ter sido configurado presencialmente na fábrica da Koenigsegg, na Suécia.
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O colecionador afirma ainda estar aguardando a produção do Gemera, mesmo após ter pago o sinal há cinco anos — situação agravada pela mudança de motorização do modelo para um V8 híbrido.
Em uma das postagens, Hamilton foi além da crítica e apelidou o fundador da empresa de “Thanos von Koenigsegg”, exigindo de forma agressiva a entrega do seu carro e revelando que outros proprietários compartilharam com ele problemas ainda mais graves.
Von Koenigsegg não deixou passar e respondeu com um vídeo em seu Instagram pessoal, onde mostrou o Jesko já finalizado e em fase de polimento, pronto para passar pelos testes finais de qualidade.

Apesar disso, o executivo não explicou os motivos do longo atraso mencionado pelo cliente.
A polêmica se estende também ao Regera, hipercarro adquirido por Hamilton em 2019, já usado e sem histórico de manutenção conhecido.
O influenciador afirma que o carro passou 90% do tempo parado por falhas mecânicas e que nos últimos dois meses ficou à espera de atendimento técnico.
Por outro lado, von Koenigsegg alegou que a empresa prestou suporte técnico presencial ao veículo sem cobrar nada por isso, como forma de boa vontade, devido ao relacionamento em andamento com o comprador.

Ainda assim, Hamilton seguiu pressionando a empresa nos comentários do vídeo, alertando que “não se deve cutucar um tigre adormecido” e insinuando que outros clientes veem a marca como uma “pirâmide”.
Apesar das palavras duras, o colecionador afirma que não tem nada contra os funcionários da empresa e que sua cobrança é por responsabilidade — tanto pelas falhas mecânicas quanto pelos prazos descumpridos.
O Jesko, avaliado em cerca de R$ 13,6 milhões (US$ 2,8 milhões), possui motor V8 biturbo de 1.280 cv e torque de 153 kgfm, com tração traseira e câmbio automatizado de nove marchas com múltiplas embreagens.

Já o Regera, conhecido pelo conjunto híbrido com motor V8 e três elétricos, custa cerca de R$ 11 milhões, mas teve seu brilho ofuscado pelos constantes relatos de inatividade.
Enquanto isso, a tensão entre a Koenigsegg e seus clientes mais influentes segue em alta, alimentando debates sobre o equilíbrio entre exclusividade, transparência e confiança no restrito universo dos hipercarros.
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