
O hidrogênio continua a ser uma promessa de combustível para o futuro, porém, nesse momento, somente os veículos comerciais estão se beneficiando deste produto que está sendo oferecido basicamente em mercados consolidados.
Para automóveis de passeio, o hidrogênio continua longe de ser algo atrativo e parece que agora a Honda também percebeu o quanto isso é verdade, já que adiou seus planos para a produção de células de combustível no Japão.
Prevista para 2027, a fábrica de células de combustível em Moka, no Japão, teve sua produção prevista de 30.000 unidades por ano revista. A Honda decidiu não só adiar o início de sua operação, como também reduziu o volume anual a ser produzido.
O motivo é a baixa demanda por carros de passeio abastecidos por hidrogênio, o que fez o fabricante japonês a reduzir seus planos para os próximos automóveis com células de combustível.
Para Honda, o atraso na produção de células de combustível no Japão acarreta a perda de subsídios governamentais, já que os planos atuais envolvem o início da produção em 2028 e com um volume anual de 20.000 unidades.
Agora, com a abordagem pragmática, a Honda percebe que a demanda por veículos a hidrogênio diminuiu diante de sua expectativa inicial. No mercado internacional, basicamente, a Califórnia é quem demanda maior volume desse tipo de veículo.
Hoje, a Honda oferece o CR-V e:FCEV como única opção a hidrogênio em seu portfólio e a tecnologia atual foi desenvolvida em parceria com a General Motors, mas mesmo seu carro mais vendido no mundo não permite ter grandes expectativas.
Por mais que o hidrogênio seja promissor, sua logística é complicada por demandar uma segurança muito maior que a de combustíveis fósseis ou mesmo de origem vegetal, como o etanol, por exemplo.
Isso tudo torna a operação muito cara e a própria arquitetura de célula de combustível e tanques pressurizados nos carros já apresentam seu próprio custo alto. Por ora, apenas a solução brasileira de se obter o hidrogênio por meio do etanol parece viável, mas está em seus primeiros passos…

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