As tarifas de 25% do governo americano para seus vizinhos estão alterando significativamente a produção de veículos na América do Norte e a Honda é uma das montadoras que teve que mexer em suas fábricas para aliviar a pressão dos custos.
Numa medida mais radical, a Honda cortará a exportação do modelo CR-V feito nos EUA em prol da unidade do Canadá, que ficará responsável por toda essa tarefa da unidade americana, assim como para o atendimento do mercado local.
Em contrapartida, a Honda Canadá deixará de fazer o CR-V destinado aos EUA, trocando assim a produção da instalação em East Liberty, Pensilvânia, pela de Oshawa, na província de Ontário, segundo o TTAC.
Essa inversão de papéis é necessária para não haver um fluxo de CR-V cruzando a fronteira EUA-Canadá, o que resultaria em taxa de 25% fora as retaliações possíveis, como em Quebec.
Dessa forma, a Honda garante a manutenção de empregos nos dois lados da fronteira e também o atendimento às demandas dos dois países, bem como dos destinos que eram alcançados a partir dos states.
Nesse “0 × 0”, os EUA perdem em exportação, enquanto o Canadá ganha, afinal, atingirá novos destinos no exterior, em contrapartida, perde seu maior comprador, os EUA.
Sem importação de CR-V, os EUA mantêm aquilo que querem fazer, ou seja, fabricar no país e não trazer nada de fora.
Já no Canadá, a coisa não é tão bonita quanto se pinta, já que a Honda adiou um grande investimento no país, que produziria 250.000 carros por ano e empregaria 1.000 pessoas a mais.
Além do CR-V, o popular Civic pode ter o mesmo destino, com 200.000 feitos anualmente no Canadá, mudando em parte de lugar.
A Honda tem outra fábrica, ao norte de Toronto, onde faz motores e isso também pode ser afetado.
Por ora, essa dança das cadeiras industrial só leva a incertezas e prejuízos, afinal, custa mudar o volume das unidades e o destino dos carros feitos.
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