A Audi está se preparando para substituir a linha A6 com motor a combustão por um novo modelo A7 no início de 2025.
O anúncio foi feito durante a atualização financeira trimestral da montadora alemã, que também revelou uma queda nas vendas globais, afetando o lucro operacional dos primeiros nove meses do ano para o grupo que inclui marcas como Bentley, Ducati e Lamborghini.
Nos últimos anos, a Audi iniciou um movimento estratégico de reorganização de nomes em sua linha, buscando clareza na diferenciação entre modelos elétricos e a combustão.
Em vez de adicionar “e-tron” aos nomes existentes, a empresa adotou uma nova nomenclatura: números ímpares para veículos a combustão e números pares para EVs.
Assim, o próximo da lista a passar por essa transformação é o Audi A6, que será renomeado para A7 e chegará ao mercado em 2025, mantendo opções de carroceria sedan e Sportback, conforme visto no redesenho do A5.
O CEO do grupo Audi, Gernot Döllner, ressaltou a importância dessa renovação de portfólio em meio a um programa de revitalização que inclui 20 novos modelos até 2025.
Segundo ele, a empresa busca modernizar sua linha ao mesmo tempo que ajusta suas operações internas para maior eficiência. “Estamos expandindo e rejuvenescendo nosso portfólio com esses lançamentos. Além disso, focamos em estruturas enxutas e em impulsionar mudanças com a Audi Agenda”, afirmou Döllner.
Entretanto, a marca enfrenta desafios significativos. Entre janeiro e setembro, a Audi entregou 1.251.381 veículos, uma queda acentuada em comparação com 1.404.428 no mesmo período de 2023.
A retração se refletiu em quase todos os mercados, com destaque para a Europa (-9,8%), Alemanha (-20%), Estados Unidos (-17%) e China (-8,5%).
A Bentley também registrou uma diminuição de quase 30% nas vendas, enquanto a Ducati viu seus números caírem de 47.856 para 43.773. Por outro lado, a Lamborghini destacou-se positivamente, com um aumento de 8,6% nas vendas, alcançando 8.411 veículos.
O declínio nas vendas impactou diretamente as receitas do grupo, que caíram 8,2% em relação ao ano anterior. A Audi atribuiu a queda às “condições econômicas difíceis, alta competitividade e despesas de reestruturação previstas”, fatores que reduziram pela metade sua margem operacional, agora em 4,5%.
Mesmo diante dos obstáculos, a empresa mantém sua previsão de receita anual entre €63 bilhões e €68 bilhões, com margem operacional projetada entre 6% e 8%.
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