O super carro esportivo Gordon Murray T.50 consegue fazer 12 km/l e passa por lombadas como qualquer carro

gordon murray t 50 (1)
gordon murray t 50 (1)

Em um mercado repleto de supercarros que se autointitulam herdeiros espirituais de lendas do passado, o Gordon Murray Automotive T.50 se destaca não só por clamar esse posto, mas por efetivamente sustentá-lo.

Na metade do ciclo de produção do modelo, o próprio criador, Gordon Murray, sentou-se ao lado do piloto de testes Dario Franchitti para refletir sobre o que torna o T.50 digno de suceder o lendário McLaren F1 — carro que o próprio Murray projetou nos anos 1990.

Segundo Murray, a filosofia por trás do T.50 vai além de performance e design. “Prometemos que nada neste carro faria você não querer dirigi-lo”, afirma ele.

Essa promessa abrange desde preocupações práticas como economia de combustível até custos de manutenção e usabilidade no dia a dia. É uma visão rara em um segmento onde, geralmente, a dirigibilidade do mundo real é sacrificada em prol da pista.

gordon murray t 50 (5)
gordon murray t 50 (5)

Eficiência surpreendente para um supercarro V12

Embora economia de combustível não esteja no topo das prioridades de quem compra um supercarro, o T.50 surpreende nesse quesito.

Equipado com um motor V12 naturalmente aspirado de 3.9 litros, ele alcança mais de 19,5 milhas por galão (aproximadamente 8,3 km/l).

Em testes da Top Gear, o carro registrou 20,3 mpg (cerca de 8,6 km/l) em uma viagem de mais de mil quilômetros por regiões montanhosas, chegando a 25 mpg (10,6 km/l) em trechos de rodovia.

Com um tanque cheio, o T.50 tem autonomia superior a 640 quilômetros.

gordon murray t 50 (3)
gordon murray t 50 (3)

Projetado para uso real, não só para coleções

Mas o pragmatismo do T.50 vai além da eficiência. Ao contrário de muitos supercarros que tremem diante de rampas de garagem e lombadas, o modelo tem altura do solo semelhante à de um carro comum.

E mais: sua dianteira foi projetada com duas peças protetoras removíveis — se uma delas for danificada, o proprietário pode substituí-la individualmente, sem precisar trocar todo o para-choque ou o lábio frontal.

Murray reforça que até os supercarros têm custos de manutenção que afetam os donos. Por isso, ele fez questão de que o T.50 fosse um carro “manejável” nesse sentido — não apenas uma escultura sobre rodas.

gordon murray t 50 (4)
gordon murray t 50 (4)

Tecnologia moderna com alma clássica

Franchitti destacou também as evoluções sutis que mantêm o espírito do F1, mas modernizam o conjunto.

Um exemplo são os faróis: enquanto os do F1 eram considerados avançados para sua época, o T.50 adota unidades LED com aletas douradas que funcionam como dissipadores de calor — e ainda acrescentam um toque de estilo.

Para Gordon Murray, o T.50 conseguiu superar a difícil missão de criar uma “sequência” digna de uma lenda. Ele acredita que o novo carro é tão centrado no prazer de dirigir quanto o F1, mas com ajustes finos que corrigem as limitações do projeto original.

gordon murray t 50 (6)
gordon murray t 50 (6)

Fazer um sucessor à altura de um ícone automotivo não é tarefa fácil.

Mas, ao que tudo indica, o T.50 não só honra o legado do McLaren F1 como se consolida como um clássico moderno, com a rara habilidade de equilibrar emoção ao volante e usabilidade no dia a dia — algo que poucos supercarros, por mais caros e potentes que sejam, conseguem entregar.


google news2
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!
.

O que você achou disso?

Toque nas estrelas!

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.



noticias
Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.