O Senado Federal aprovou o chamado “combustível do futuro”, um pacote de alterações nos derivados de petróleo oferecidos no mercado brasileiro, que movem carros, motos, caminhões, ônibus, tratores e aviões.
A principal mudança e que impactará (negativamente, é claro) em donos de carros a gasolina é a decisão de alterar o limite de etanol no derivado de petróleo, que passará de 27,5% para 35% de álcool anidro.
Aprovado na Comissão de Infraestrutura do Senado, o texto foi alterado pelo relator, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que é vice-presidente da casa.
Vital do Regô inclui uma cláusula que permite ao governo reduzir a quantidade de etanol anidro na gasolina para um mínimo de 22% em caso de necessidade, ou seja, quando a oferta do combustível vegetal cair no país por conta da política do açúcar ou condições climáticas, entre outras situações.
Assim, a gasolina pode simplesmente passar de E35 para E22 rapidamente se uma crise no abastecimento aumentar os custos do álcool e assim impactar no principal produtos das refinarias da Petrobrás. Hoje, o mínimo é de 18%.
Outro ponto que também deve impactar na Petrobrás é o biodiesel, que terá limite mínimo de 15% a partir de março de 2025 e que até 2030, será de 20% de sua composição com óleos vegetais.
Uma avaliação técnica será feita pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para saber se é possível variar o teor de compostos vegetais no diesel entre 13% e 25%.
O uso de matérias-primas produzidas no agronegócio familiar também poderão ser usadas para produção de biocombustíveis. Além disso, o texto dioz que as companhias aéreas também terão de reduzir as emissões e isso a partir de 2027.
Para isso, o SAF – combustível de aviação ecológico – terá papel fundamental na mistura com o querosene de aviação, chegando a 10% do mesmo em 2030. Com essas medidas, espera-se por uma boa redução nas emissões de poluentes no país.
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