Chevrolet S10 Diesel: Sua história e motores utilizados nas duas gerações

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A S10 diesel é produzida pela Chevrolet desde 1996.

O modelo é focado em clientes que procuram a longa autonomia proporcionada pelo diesel. Além disso, sua maior capacidade de carga e tração também são apreciados.

A S10 diesel também goza de boa durabilidade e economia, sendo preferida especialmente no interior do país. Com o agronegócio sempre em alta, a maior parte das vendas do modelo estão no campo.

O desenvolvimento da S10 diesel foi pautado na utilização de motores turbo diesel de fabricação nacional. Tais propulsores não eram necessariamente de projeto da General Motors, mas muito confiáveis por seu tempo de mercado.

Mesmo após mais de 20 anos e até com propulsores retificados, fora a enorme quilometragem, usada ainda é muito valorizada.

O alto preço dos veículos diesel no Brasil sempre foi um obstáculo para muitos consumidores, mesmo assim, vendeu muito em 23 anos de história.

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Modelo 1995 a 1999 – motor Maxion 2.5

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Para a recém-lançada S10, a montadora não tinha um motor diesel disponível para importação a um custo baixo. O ideal era ter um propulsor que fosse nacional e já testado, a fim de garantir confiabilidade e suporte técnico no país inteiro.

O motor escolhido pela GM era feito na Argentina pela Maxion. Este era o modelo HS 2.5 (High Speed) que era caracterizado por ter alta rotação em relação aos motores diesel mais pesados, derivados de caminhão.

Nesse caso, o Maxion HS 2.5 era um projeto vencedor, tendo sido desenvolvido originalmente pela Land Rover em parceria com a Perkins na Inglaterra.

No entanto, esse fabricante de motores diesel foi comprado pela Maxion, que passou a fabrica-lo no país vizinho nos anos 90.

O motivo era importante, visto que o HS 2.5 equipou também a Mercedes-Benz Sprinter e a Ford Ranger, ambas feitas na Argentina.

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Também foi o motor usado pela Land Rover no Defender montado pela Karmann-Ghia nos anos 90.

Com 16V, comando no cabeçote acionado por correia dentada e injeção direta de combustível por bomba injetora, o HS 2.5 da S10 diesel não tinha intercooler.

Por conta disso, a picape da GM rendia menos que Ranger e Sprinter, entregando 95 cavalos a 3.800 rpm e 22,4 kgfm a 1.800 rpm.

Com câmbio manual de cinco marchas, a S10 diesel com cabine dupla de 1999, por exemplo, ia de 0 a 100 km/h em longos 15,7 segundos e não passava de 155 km/h.

Ela tinha consumo de 8 km/l na cidade e 11 km/l na estrada, passando a ter 1.020 kg de capacidade de carga. Assim, ela atendia às normas para veículos diesel.

Com tanque de 76 litros, a S10 diesel podia rodar 836 km de forma teórica, algo bom para viagens no interior do país.

Mas, na época do lançamento, só havia essa opção para a cabine simples em versões básica e De Luxe.

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Logo em seguida a S10 diesel ganhou a versão de cabine estendida, que ampliava o entre eixos para 3,12 m.

Em 1998, a tração 4×4 chegou e tinha a caixa de transferência do lado do passageiro, fazendo com que o assoalho tivesse um grande ressalto.

Nesse mesmo ano, a GM lançava a cabine dupla, um projeto nacional que fora copiado pelos americanos, já que lá, a S10 tinha somente cabine simples e estendida.

A GM já estava percebendo uma queda nas vendas de picapes grandes no país, especialmente de modelos como Silverado e F-1000.

Assim, ter a S10 diesel com cabine dupla e 4×4 era o caminho para o futuro.

Então, esta passou a ser a opção mais importante a longo prazo, mesmo que muitos clientes ainda preferissem as mais baratas 2.2 e 4.3 V6.

A S10 diesel cabine dupla foi um marco na mudança do mercado de picapes, sendo seguida logo depois pela Ranger.

A Dodge Dakota não conseguiu acompanhar a mudança e morreu algum tempo depois.

Em 1999, a S10 diesel recebeu atualização visual e ficou com um desenho mais expressivo.

Ela ganhara freios ABS nas quatro rodas como opcional, já que antes eram somente nas rodas traseiras.

A GM também já não estava mais disposta a manter o motor Maxion HS 2.5 e por conta de alterações nas normas de emissão, teria que mudar de propulsor.

Modelo a partir de 2000 – motor MWM 2.8

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Em abril de 2000, a GM oficialmente descontinua o Maxion HS 2.5 e adiciona o novo motor MWM Sprint 2.8 de fabricação nacional.

Na época, esse motor era o principal da MWM para picapes, sendo feito em Caxias do Sul-RS.

Era um motor mais moderno, tinha intercooler, três válvulas por cilindro, injeção indireta e cabeçote com comando no bloco, uma configuração mais tradicional.

Ele entregava 132 cavalos a 3.600 rpm e 34 kgfm a 1.800 rpm, sendo o mais potente entre as picapes médias nacionais.

O salto de desempenho e economia foi grande na S10 diesel 2001. A velocidade final se igualava praticamente ao da S10 V6 4.3 com 171 km/h e ia de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos.

Outro ponto era a economia, pois fazia 8,6 km/l na cidade e 13,3 km/l com cabine dupla e tração 4×4.

O propulsor MWM 4.07 TCA garantiu que a S10 diesel ajudasse o produto a manter a liderança de mercado.

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A picape era oferecida nas versões básica, DLX e Executive. Na linha 2001, mais alteração visual e desta vez com projeção da grade, agora integrada ao capô.

Com reflexo de seu mercado no interior, a S10 diesel ganhou edições especiais referentes a essas regiões.

A série especial Barretos, em alusão ao rodeio famoso, e a Sertões, referente ao rali, sendo esta com preparação diferenciada, surgiram nessa época.

Na linha 2005, as versões Colina, Tornado e Executive. O MWM Sprint passou a ter injeção Common Rail e a potência foi para 140 cavalos a 3.500 rpm e 34,7 kgfm a 1.800 rpm.

Diferencial traseiro blocante e acelerador eletrônico foram adicionados. A S10 diesel ainda ganharia um facelift em 2010, mudando-se a grade e outros detalhes.

Segunda geração

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A segunda geração da S10 diesel se tornou global na forma da Colorado.

Maior e mais robusta, é também mais aerodinâmica e eficiente. O projeto global reforçou o chassi e adicionou um estilo mais marcante e consistente, longe dos anos 90.

Com bom espaço interno, a S10 diesel de segurança geração ganhou acabou melhor e painel bem mais moderno.

Destaque para o design do ar condicionado, presença de multimídia MyLink e volante multifuncional de estilo robusto.

A S10 diesel atualizada veio tanto com cabine dupla quanto simples e com chassi aparente. Uma versão de cabine estendida foi cogitada e até testada por aqui, mas não vingou.

Duramax 2.8

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Para equipa-la, a GM contratou a MWM para fazer um novo motor, o chamado Duramax 2.8 de projeto próprio.

Com duplo comando no cabeçote acionado por correia dentada e 16V, o propulsor tem injeção Common Rail e intercooler.

Na ocasião, entregava 180 cavalos a 3.800 rpm e 44,9 kgfm a 2.000 rpm na versão automática de seis marchas. A velocidade na S10 diesel de cabine dupla, 4×4 e automática era limitada a 180 km/h e ia de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos.

No entanto, fazia somente 11,8 km/l na estrada e 8,8 km/l na cidade. Tinha ainda a cabine simples com câmbio manual de seis marchas.

A S10 diesel passou cerca de um ano nessa configuração, até o motor Duramax 2.8 ser atualizado para 200 cavalos e 51 kgfm atuais. Esses números são da versão automática, pois a manual tem limitação de 47 kgfm.

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Em 2017, a GM introduz um novo volante de inércia na S10 diesel, assim como ajustes no câmbio automático. Coxins e batentes de motor e carroceria foram atualizados para melhorar o conforto ao dirigir.

A S10 diesel ganhou atualização visual nessa época e trouxe melhoramentos já descritos em segurança, conforto e conectividade.

Ao contrário de Ford Ranger, VW Amarok e Nissan Frontier, a S10 diesel oferece o mesmo motor e potência para todas as versões.

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Categorias S10
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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.