Fiat Strada Freedom 2025: Bonita por fora, tem interior simples e boa capacidade de carga/economia

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A Fiat Strada é, de longe, a picape mais bem sucedida do mercado brasileiro nos últimos anos.

Junto com a versão furgão, Fiorino, vem sendo a preferência dos brasileiros que buscam uma picape para trabalho.

Traz consigo a fama de robusta e ter manutenção simples, herdada de gerações passadas.

Avaliamos uma unidade da versão “Freedom”, posicionada logo acima da de entrada “Endurance”, e trouxemos todos os detalhes para você.

Disponível nas versões de cabine simples e cabine dupla, a Strada Freedom parte de R$ 110.990,00, na versão cabine simples e R$ 118.490,00, na cabine dupla.

A unidade avaliada é a de cabine dupla, e vem de série com:

Ajuste do banco do motorista, alarme antifurto, predisposição para rádio, alto-falantes, retrovisores externos elétricos, rodas de aço estampado 15″, sensor de monitoramento da pressão dos pneus, tomada USB (Apenas Carregamento), visor de 3,5” no computador de bordo, airbag lateral, airbag frontal duplo, ar-condicionado, controle de tração e estabilidade, freios ABS e mais.

Maior capacidade de carga e mais econômica que a concorrência

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O motor Firefly de 4 cilindros, 1.3, 8 válvulas tem bons números para a cilindrada, mas sofre um pouco quando a picape está carregada.

O propulsor rende 107 cv e cerca de 13,6 kgfm de torque quando abastecido com etanol.

Aliado ao câmbio manual de 5 velocidades, rende aceleração de 0 a 100 km/h em 11,8s, com velocidade máxima de 171 km/h.

A capacidade de carga anunciada é de 650 kg, e o volume útil da caçamba de 844 litros.

Na versão sem cabine dupla, a caçamba passa a ter volume útil de 1.354 litros e a capacidade de carga sobe para 720 kg.

A VW Saveiro Extreme, também cabine dupla, tem preço similar, R$ 117.790,00 e motor 1.6.

Os números de desempenho são um pouco melhores, com 116 cv e 16,1 kgfm de torque.

Ela acelera de 0 a 100 km/h em 10,2s e tem velocidade máxima de 178 km/h.

A capacidade de carga é menor, suportando 605 kg, assim como o volume teórico máximo da caçamba, 645 litros.

Falando agora de consumo, a Strada faz, no etanol, 9,0 km/l na cidade e 9,8 km/l na rodovia.

Na gasolina, os números são 12,7 km/l e 13,9 km/l, respectivamente.

A Saveiro é mais beberrona, no etanol são 7,8 km/l e 8,9 km/l na cidade e rodovia, enquanto na gasolina são 11,3 km/l e 12,6 km/l, respectivamente.

Existe também a Oroch que, na versão 1.6 manual, se sai a pior da lista no quesito consumo, com 7,4 km/l na cidade e 8,0 km/l na rodovia, com Etanol.

Na gasolina, faz 11,3 km/l e 11,6 km/l respectivamente.

Interior simples

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A Strada é uma picape 100% voltada para o trabalho, apesar de ter cabine dupla, seu foco não é lazer ou conforto.

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Os acabamentos são simples e sem muito enfeite, como é possível notar já de cara nas forrações de porta, que são 100% pretas, sem sequer um frisinho prateado para enfeitar.

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Adentrando o habitáculo, damos de cara com o volante, que num primeiro momento é até bonito, mas olhando com mais critério fica claro que não é bem assim.

Os botões falsos são incômodos, deixando na cara que ali deveriam ter mais recursos, eles ficam voltados para versões de topo ou outros modelos da marca.

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O cluster, como esperado, é totalmente analógico, com o velocímetro sendo parcialmente coberto por um computador de bordo, que traz informações básicas do veículo, como consumo, por exemplo.

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O painel é inteiramente construído em plástico preto, assim como as forrações de porta, tem somente um friso preto brilhante na região central, onde fica a preparação para o rádio.

A ausência de rádio é um tanto quanto incômoda para um automóvel modelo 2025 que custa mais de R$ 100.000,00, mesmo que seja uma picape de trabalho.

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Os bancos de tecido são confortáveis e são um pouco mais trabalhados, com costuras em relevo, agradáveis visualmente.

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No banco de trás, não sobra espaço, mas, pelo tamanho da picape, se sai muito bem.

Bonita por fora

Mesmo beleza não sendo o foco, ninguém merece trabalhar o dia todo em um carro feio, e esse não é o caso da Strada.

Visualmente agradável, em especial na cor preta, a Strada se encaixa bem no segmento.

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De frente, a grade superior é totalmente construída em plástico preto, tem 4 linhas horizontais que formam a estrutura e são intercaladas por hexágonos, no estilo colmeia.

Bem no meio, o logo da Fiat cromado se faz presente e, na região inferior direita, uma bandeira da Itália.

A grade inferior é bem vazada e totalmente construída no formato colmeia.

Apesar de não possuir faróis de milha, os acabamentos ficam na posição.

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Os faróis têm fundo escurecido e lembram outros da linha, como o Argo e até o Mobi.

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As rodas de aço com calotas simples seriam um problema em outro segmento, mas muitas vezes são preferidas devido ao baixo custo em caso de dano, mesmo sendo mais feias.

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Na lateral e na traseira, a região inferior é acompanhada por um acabamento em plástico preto.

Na traseira, as lanternas pequenas casam bem com o conjunto, parece até uma “mini Toro”.

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A tampa da caçamba se abre somente para baixo, não é bipartida como a irmã maior.

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No meio da tampa, o logo da Fiat cromado, do lado esquerdo o modelo “Strada” igualmente cromado e do direito a versão “Freedom”.

Na parte debaixo do para-choque, bem abaixo da caçamba, um pisante facilita o acesso ao compartimento.

Domina o segmento

Falar que a Strada vende bem já é chover no molhado, ela vem dominando há algum tempo o segmento.

Em junho de 2024, emplacou 7.551 unidades, sua rival direta Saveiro, menos da metade, 3.182 unidades.

A Oroch emplacou apenas 861 no mesmo mês.

Olhando o acumulado de janeiro a junho de 2024, a diferença se reforça.

No período, a Strada emplacou 56.597 unidades, a Saveiro 24.477 e a Oroch 6.227.

Isso resultou com a Strada em primeiro lugar dentre os comerciais leves, a Saveiro em segundo e a Oroch na décima posição.

A Toro, Hilux e Montana, ficam em terceiro, quarto e quinto lugar, respectivamente.

Uma curiosidade interessante é que a Strada vende quase igual ao Polo, que é o carro mais vendido do Brasil, ele emplacou 57.862 unidades no período.

A picape emplaca mais que Onix, HB20 e Argo, por exemplo.

A Fiat acertou a mão ao mirar nos focos do segmento, que são robustez e baixo consumo.

 

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.