Chery Tiggo 7 vs Jeep Commander: Um deles vende mais, é mais barato e também mais equipado

caoa chery tiggo 7 sport (1)
caoa chery tiggo 7 sport (1)

A briga do Tiggo 7 não é diretamente com o Commander, mas qual deles é mais vantajoso?

Será que é melhor gastar menos e ficar com o chinês ou investir um pouco mais e optar pelo mais tradicional?

O que ninguém pode negar é que são dois ótimos produtos nesse segmento.

De um lado, o avanço da Chery em qualidade é notável, enquanto do outro a popularidade da Jeep entre os SUVs diz tudo.

Mas qual deles leva a melhor? Confira!

commander longitude 2024 (8)
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A Chery sempre ganha no preço

Você já sabia que os preços do Tiggo 7 seriam mais baixos que seu rival neste comparativo, mas a diferença é maior do que alguns poderiam imaginar.

A tabela do chinês começa abaixo de R$ 135 mil na versão Sport, um preço bem atrativo em seu segmento.

A versão Pro Max Drive pula para quase R$ 170 mil, o que antes era o mesmo valor da configuração híbrida. No último reajuste, porém, a versão topo de linha foi para R$ 174 mil, mas ainda fica exatos R$ 46 mil abaixo do Commander mais barato.

Na versão de entrada, o Chery vem com motor 1.5 turbo de 150 cv, enquanto a opção intermediária usa o propulsor 1.6 turbo de 187 cv.

caoa chery tiggo 7 sport (2)
caoa chery tiggo 7 sport (2)

Na opção híbrida, o motor 1.5 já citado ganha a ajuda do motor elétrico para entregar 160 cv.

Confira os preços do Tiggo 7 2025:

  • Tiggo 7 Sport – R$ 134.990
  • Tiggo 7 Pro Max Drive – R$ 169.990
  • Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive – R$ 173.990

Em seu último reajuste de preços, o Commander ficou mais caro em quase todas as versões.

Além disso, ele perdeu a versão Longitude de sete lugares, permanecendo apenas com cinco lugares nessa configuração e custando quase R$ 220 mil.

commander longitude 2024 (11)
commander longitude 2024 (11)

Com o mesmo motor 1.3 turbo de 185 cv, o SUV ainda oferece as opções Limited e Overland, que custam entre R$ 245 mil e R$ 267 mil. A opção Overland ainda vem com motor 2.0 diesel de 170 cv (R$ 303 mil) ou com o novo 2.0 turbo de 272 cv (R$ 308 mil).

Esse mesmo propulsor citado por último ainda equipa a configuração topo de linha Blackhawk, que sai por mais de R$ 321 mil.

Veja os novos valores do Commander 2025:

  • Commander Longitude 1.3 Turbo (5 lugares) – R$ 219.990
  • Commander Limited 1.3 Turbo – R$ 244.990
  • Commander Overland 1.3 Turbo – R$ 266.990
  • Commander Overland 2.0 Diesel – R$ 302.990
  • Commander Overland Hurricane – R$ 308.290
  • Commander Blackhawk Hurricane – R$ 321.290

VENCEDOR: Tiggo 7.

caoa chery tiggo 7 2024 caoa santos (1)
caoa chery tiggo 7 2024 caoa santos (1)

O Tiggo 7 é muito equipado

Se a diferença de preços é tão grande, fica a pergunta: será que vale a pena investir R$ 46 mil e trocar o Tiggo 7 Pro Hybrid (R$ 173.990) pelo Commander Longitude (R$ 219.990)?

O modelo da Chery é o único com câmera 360º, alerta de ponto cego, assistente de desembarque, alerta de tráfego cruzado traseiro, retrovisores com aquecimento, teto panorâmico, bancos dianteiros com ajuste elétrico (aquecimento para o motorista), carregador por indução, lanterna de neblina e capô sustentado por molas.

Do outro lado, apenas o Jeep oferece sensores de estacionamento dianteiro, assistente de estacionamento, ar-condicionado com ionizador, paddle-shifts, banco traseiro corrediço e reclinável, GPS e sistema de som premium com subwoofer.

Ainda que o Commander tenha suas vantagens, elas não justificam o investimento necessário para deixar de lado o Tiggo 7 mais caro e optar pelo rival.

Se você quiser equilibrar a disputa, seria necessário comprar uma versão ainda mais cara do SUV da Jeep.

commander longitude 2024 (5)
commander longitude 2024 (5)

Aliás, essa é a grande vantagem dos modelos da Chery: oferecer um nível de equipamentos acima da concorrência, mesmo quando olhamos para modelos mais caros.

Levando em conta que esse aspecto da disputa mira o modelo com melhor custo-benefício, a vitória fica com o chinês.

VENCEDOR: Tiggo 7.

Economia ou potência?

Detalhando seus motores, o Tiggo 7 começa com o 1.5 turboflex de até 150 cv e 21,4 kgfm, com câmbio CVT de 9 velocidades.

Com esse conjunto, o SUV precisa de 10,7 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e consegue atingir 180 km/h de velocidade máxima.

caoa chery tiggo 7 2024 caoa santos (2)
caoa chery tiggo 7 2024 caoa santos (2)

A versão intermediária é mais forte, pois usa o motor 1.6 turbo (somente a gasolina) de 187 cv e 28 kgfm, com câmbio automatizado de 7 marchas. São 8,1 segundos até os 100 km/h e máxima de 180 km/h.

Finalmente, o modelo híbrido une o motor 1.5 turbo de 150 cv da versão de entrada ao motor elétrico, que adiciona 10 cv e 4,1 kgfm. No final, são 160 cv e 25,5 kgfm, também com câmbio CVT. Seu 0 a 100 km/h é feito em 9,7 segundos, com a mesma máxima dos modelos acima.

Do outro lado, o Commander começa com o motor 1.3 turboflex de 185 cv e 27,5 kgfm, aliado ao câmbio automático de 6 marchas.

A aceleração até os 100 km/h é feita em 9,5 segundos (9,9 segundos na versão Overland) e a máxima é de 202 km/h.

O modelo ainda tem uma única versão a diesel, com o motor 2.0 de 170 cv e 38,7 kgfm aliado ao câmbio automático de 9 marchas. Um pouco mais lento, ele precisa de 11,6 segundos até os 100 km/h e alcança 197 km/h.

commander longitude 2024 (17)
commander longitude 2024 (17)

Em sua última atualização, o utilitário ganhou o motor 2.0 turbo (gasolina) de 272 cv e 40,8 kgfm, também com câmbio AT9. Aqui são apenas 7 segundos para chegar aos 100 km/h, com máxima de 220 km/h.

Sobre o consumo, e deixando de lado o Commander a diesel, saiba que os dois modelos ficam devendo se você usa etanol.

Com gasolina, o Tiggo 7 híbrido se destaca na cidade, mas suas versões convencionais são melhores na estrada.

Enquanto isso, o Commander vai bem na cidade, mas faz apenas 11,4 km/l na estrada com gasolina. Sua versão mais potente, apesar de ter as piores médias, não gasta tanto quanto alguns poderiam imaginar.

caoa chery tiggo 7 2024 caoa santos (2)
caoa chery tiggo 7 2024 caoa santos (2)

No final, tivemos um empate: o Commander anda mais com suas versões Hurricane, mas o Tiggo 7 é mais econômico.

Consumo Tiggo 7 1.5T Tiggo 7 1.6T Tiggo 7 Hybrid Commander 1.3 Turbo Commander 2.0 diesel Commander Hurricane
Cidade – etanol 6,9 8,1 7,0
Cidade – gasolina/diesel 10,0 9,9 11,1 10,0 10,2 8,2
Estrada – etanol 8,3 8,5 8,2
Estrada – gasolina/diesel 11,7 11,7 11,2 11,4 13,2 10,2

VENCEDOR: Empate.

O Commander é bem mais espaçoso

A diferença entre esses dois modelos fica bem clara em suas medidas. O Commander é maior no comprimento (4,76 x 4,50), na largura (1,85 x 1,84), na altura (1,72 x 1,70) e no entre-eixos (2,79 x 2,67).

Isso permite acomodar com mais conforto os ocupantes da segunda fileira, além de oferecer dois lugares adicionais.

commander longitude 2024 (24)
commander longitude 2024 (24)

Mas é bom destacar que o Tiggo 7 cumpre bem sua proposta, oferece espaço suficiente e tem saídas traseiras de ar-condicionado, tudo isso sendo visto também no Commander.

No porta-malas, a história se repete: a capacidade máxima do Jeep é superior, mas o modelo da Chery também é elogiado nesse quesito. Na versão de entrada, são 525 litros, enquanto as outras carregam até 475 litros.

Do lado do Commander, você tem 661 litros na versão de 5 lugares ou se a última fileira estiver guardada nas opções com 7 assentos.

Caso esteja levando a capacidade máxima de passageiros, são 233 litros disponíveis.

VENCEDOR: Commander.

commander longitude 2024 (18)
commander longitude 2024 (18)

Revisões mais caras no chinês

A garantia do Tiggo 7 é de 5 anos, o mesmo tempo oferecido para o Commander na última mudança de estratégia da marca no mercado brasileiro. Mas essa acaba sendo a única similaridade entre eles quando o assunto é a manutenção.

A Chery optou pelo plano tradicional, com paradas a cada 10.000 km.

Com isso, as versões com motor 1.5 turbo custam quase R$ 5,8 mil até os 60.000 km, enquanto a opção intermediária 1.6 turbo soma mais de R$ 6,5 mil.

Já no lado oposto, a Jeep exige revisões a cada 12.000 km para os modelos flex ou gasolina, enquanto o diesel precisa parar a cada 20.000 km.

Esse último acaba sendo o mais barato (R$ 4,4 mil), enquanto os outros variam entre R$ 5 mil e R$ 6 mil, aproximadamente.

Revisões Tiggo 7 Sport/Hybrid Tiggo 7 1.6 Turbo Commander 1.3 Turbo Commander 2.0 Diesel Commander Hurricane
10.000 km R$ 592,28 R$ 630,50
12.000 km R$ 783,00 R$ 798,00
20.000 km R$ 987,32 R$ 994,19 R$ 1.197,00
24.000 km R$ 892,00 R$ 1.289,00
30.000 km R$ 592,28 R$ 754,71
36.000 km R$ 988,00 R$ 798,00
40.000 km R$ 1.708,22 R$ 994,19 R$ 1.262,00
48.000 km R$ 924,00 R$ 1.289,00
50.000 km R$ 592,28 R$ 630,50
60.000 km R$ 1.281,77 R$ 2.548,94 R$ 1.488,00 R$ 1.940,00 R$ 1.913,00
TOTAL R$ 5.754,15 R$ 6.553,03 R$ 5.075,00 R$ 4.399,00 R$ 6.087,00

VENCEDOR: Commander.

O Tiggo 7 vende mais

A estratégia de preços agressiva da Chery por aqui surtiu efeito nas vendas de 2024. Olhando para o período entre janeiro e julho, o Tiggo 7 aparece na 13ª colocação entre os SUVs, com 12.920 unidades.

O Commander está na 19ª colocação, com 8.772 emplacamentos. Curiosamente, em junho eles venderam quase a mesma quantidade, mas no mês seguinte o chinês teve mais que o dobro de vendas do rival (3.471 x 1.696).

Tudo isso, é claro, pelo fato do Tiggo 7 ser um SUV mais barato.

Se a comparação fosse com o Tiggo 8, o Commander teria vencido esse quesito, pois o maior utilitário da Chery conseguiu apenas 4.687 unidades até julho.

VENCEDOR: Tiggo 7.

Conclusão

Foi por pouco, mas o Tiggo 7 saiu vencedor deste comparativo.

Ele oferece preços mais chamativos (especialmente na versão Sport), tem uma lista de equipamentos bem generosa e ainda vende mais em nosso mercado.

O Commander é mais espaçoso, como já era esperado, e consegue apresentar um custo de manutenção mais baixo. Na motorização tivemos o único empate, com o Commander andando mais e o Tiggo 7 sendo mais econômico.

Fichas técnicas

Tiggo 7

Commander

Preço  R$ 134.990 a R$ 173.990 R$ 219.990 a R$ 321.290
Motor 1.5 turbo ou 1.6 turbo 1.3 turbo, 2.0 diesel ou 2.0 gasolina
Potência e torque 1.5T – 150 cv e 21,4 kgfm 1.3T – 185 cv e 27,5 kgfm
1.6T – 187 cv e 28 kgfm 2.0 diesel – 170 cv e 38,7 kgfm
Híbrido – 160 cv e 25,5 kgfm 2.0 gasolina – 272 cv e 40,8 kgfm
Câmbio CVT ou AT AT6 ou AT9
Aceleração e velocidade máxima 1.5T – 10,7s e 180 km/h 1.3T – 9,5s e 202 km/h
1.6T – 8,1s e 180 km/h 2.0 diesel – 11,6s e 197 km/h
Híbrido – 9,7s e 180 km/h 2.0 gasolina – 7s e 220 km/h
Consumo cidade 1.5T – 6,9 km/l (E) e 10 km/l (G) 1.3T – 7 km/l (E) e 10 km/l (G)
1.6T – 9,9 km/l (G) 2.0 diesel – 10,2 km/l
Híbrido – 8,1 km/l (E) e 11,1 km/l (G) 2.0 gasolina – 8,2 km/l
Consumo estrada 1.5T – 8,3 km/l (E) e 11,7 km/l (G) 1.3T – 8,2 km/l (E) e 11,4 km/l (G)
1.6T – 11,7 km/l (G) 2.0 diesel – 13,2 km/l
Híbrido – 8,5 km/l (E) e 11,2 km/l (G) 2.0 gasolina – 10,2 km/l
Rodas e pneus 225/60 R18 235/55 R18 ou 235/50 R19
Medidas comprimento, 4,50 m; altura, 1,70 m; largura, 1,84 m; entre-eixos, 2,67 m comprimento, 4,76 m; altura, 1,68 a 1,72 m; largura, 1,85 m; entre-eixos, 2,79 m
Tanque 51 litros 61 litros
Porta-malas 475 a 525 litros 233 a 661 litros
Peso  1.466 a 1.506 kg 1.635 a 1.908 kg
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Autor: Viny Furlani

Trabalha no segmento automotivo há mais de 18 anos. Desde 2009 trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escrevendo avaliações e notícias sobre carros, totalizando mais de 2.000 artigos.