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Bernie Moreno, eleito para o Senado dos EUA em janeiro de 2024, está traçando uma agenda ousada para influenciar a política automotiva durante o próximo governo Trump.
Entre suas propostas mais polêmicas está a separação da Stellantis, devolvendo o controle das marcas Jeep, Ram, Dodge e Chrysler a acionistas americanos, argumentando que elas têm sido mal geridas por interesses europeus.
Moreno, um milionário do setor de concessionárias de carros de luxo em Ohio, não poupou críticas à Stellantis e ao ex-CEO Carlos Tavares.
“Eles demitiram os americanos e estão explorando a empresa até o limite,” declarou Moreno. Ele também acusou a Stellantis de querer transferir a produção para plataformas europeias e fabricar veículos em países mais baratos para exportação aos EUA.
Essa política, segundo Moreno, resultou em cortes de empregos, como no fechamento de uma fábrica da Jeep em Ohio. “Enquanto eu estiver no Senado e Trump na Casa Branca, isso nunca vai acontecer,” afirmou.
Formada em 2021 pela fusão da Fiat Chrysler com o grupo PSA, a Stellantis é comandada principalmente por interesses europeus, como a família Agnelli e o grupo Peugeot.
Apesar disso, a empresa ainda emprega milhares de trabalhadores em estados como Michigan, Indiana e Ohio.
Em resposta às críticas, a Stellantis afirmou estar comprometida em investir na produção americana, prometendo projetos significativos em 2025 que se beneficiarão de suas tecnologias de ponta.
No entanto, Moreno defende que a separação das marcas americanas é essencial para preservar empregos e garantir que veículos como os da Jeep e Ram continuem sendo produzidos nos Estados Unidos.
Moreno, alinhado com as políticas do presidente eleito Donald Trump, apoia medidas como o fim de créditos fiscais para veículos elétricos, o relaxamento de padrões de eficiência de combustível e a imposição de tarifas para estimular a manufatura nos EUA.
Ele acredita que a separação da Stellantis é um passo necessário para restaurar o controle americano sobre marcas icônicas, evitando que elas sejam moldadas por interesses externos.
Embora não tenha discutido diretamente a ideia com Trump, Moreno deixou claro que a proposta reflete uma abordagem de “capitalismo focado na América”.
A Chrysler, um pilar da indústria automotiva americana, foi resgatada da falência em 2009 por meio de uma parceria com a Fiat durante a crise financeira global.
Desde então, marcas como Jeep e Dodge prosperaram, mas as mudanças recentes na Stellantis colocaram em dúvida o futuro dessas marcas icônicas sob a gestão europeia.
Com o aumento da tensão entre interesses internacionais e a pressão por empregos locais, a proposta de Moreno pode desencadear debates intensos sobre o futuro da indústria automotiva americana.
Se bem-sucedido, ele pode remodelar o setor, colocando as marcas de volta nas mãos americanas – algo que muitos, especialmente em estados dependentes da indústria automotiva, considerariam uma vitória simbólica e econômica.
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