Nesta sexta-feira (30), morreu nos EUA o ex-piloto brasileiro Gil de Ferran, que tinha 56 anos e estava na presença do filho, quando passou mal e teve um ataque cardíaco, enquanto guiava por um circuito particular Opa-Locka, Flórida.

Gil de Ferran estava testando um carro para o The Concourse Club, um clube de corrida privado ligado à Fórmula Indy. Segundo seu amigo e piloto brasileiro Tony Kanaan, ele teria parado o carro na pista e disse estar passando mal.

Segundo informações locais, Gil de Ferran veio a óbito no local após não ter respondido às tentativas de reanimação, vindo assim, infelizmente, ser declarada sua morte, o que abalou o mundo do automobilismo, especialmente nos EUA e no Brasil.

Nascido na França, Gil de Ferran veio para o Brasil com 4 anos, com sua família, cujo pai, Luc de Ferran, era engenheiro da Ford, projetista do EcoSport e o idealizador da carreira do filho, que começou no kart e trilhou uma vida de sucesso nas pistas.

Gil de Ferran poderia ter brilhado na F-1, mas sua vida mesmo foi direcionada à F-Indy, onde ganhou dois campeonatos pela Penske, porém, em 2003, venceu as 500 milhas de Indianápolis, seu maior triunfo na categoria.

Nos anos seguintes, Gil de Ferran – sempre admirado por ser um profissional correto e simpático – pulou a mureta do oval e passou a ser dirigente de equipes de F-Indy e F-1.

Ele chegou a ter sua própria equipe, a Ferran Motorsports, assim como participou da BAR na F-1 e contribuiu para a ida da McLaren para a categoria americana.

Recentemente Gil de Ferran retornou à McLaren como consultor esportivo. No automobilismo, o piloto brasileiro é lembrado com carinho por aqueles que trabalharam com ele.

Roger Penske, disse: “Estamos terrivelmente tristes ao saber do trágico falecimento de Gil de Ferran. Nossos pensamentos e orações vão para Angela, Anna, Luke e toda a família de Ferran”.

Penske resumiu o lado humano de Gil de Ferran: “Gil definiu classe como piloto e como cavalheiro. Como campeão da IndyCar e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, Gil conquistou muito durante sua carreira, dentro e fora das pistas.”